Análise: Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Muito melhor que o quarto filma da série, A Vingança de Salazar consegue trazer novos personagens, novos elementos, respeita o legado da franquia e ainda pode dar origem a um sexto filme.

Na trama, o Capitão Salazar surge com um exército de piratas fantasmas e está em busca de Jack Sparrow. Para sobreviver, Sparrow precisa encontrar o Tridente de Posseidon e conta com a ajuda de Henry Turner, filho de Will Turner, e de Carina Smyth.

Enquanto isso, Henry está em busca de salvar seu pai da maldição e acaba contando com a ajuda de Carina, uma jovem mulher condenada à morte por bruxaria, mas que na verdade apenas possui grande conhecimento de Astronomia e Horologia.

Os fatos fazem com que Henry, Carina e Sparrow se unam em busca do Tridente de Posseidon e acabam até mesmo encontrando com o Capitão Barbossa pelo caminho.

Ver o Jack Sparrow mais novo é algo que você nunca Sperrou, né?

Embora eu não seja grande fã da franquia Piratas do Caribe, consegui me divertir bastante com este filme. Os personagens novos tem bastante carisma. Não há nenhum momento no filme em que as decisões dos personagens destoem da ideia central do roteiro.

Os efeitos especiais são de um nível muito alto, destaque para a forma como os piratas de Salazar se movem em terra, mesmo parecendo que estão no fundo do mar. E os efeitos 3D também são muito bons, principalmente quando nos mostram as entradas e saídas d’água.

Mesmo numa época me que mulheres eram oprimidas e não tinham voz, a Carina Smyth consegue ser uma personagem forte. Ela rebate todos os comentários machistas, mesmo que uma piada ou outra ela pareça não entender, De qualquer maneira, em todas as cenas que ela aparece, os homens ao seu redor parecem muito mais burros.

Capitão Salazar antes da maldição

A verdadeira bruxa vilã Haifaa Meni também tem uma personalidade forte. Nem sempre ela faz o que é pedido, agindo por vontade própria. Mesmo que ela tenha pouco tempo em cena.

Acredito que não seja muito fácil conseguir algo do tipo num filme que retrata uma época que era tão injusta com as mulheres. Mesmo assim, ele traz um pouco de representatividade feminina através dessas duas personagens tão importantes para o roteiro sem forçar a barra ou perder o contexto histórico.

Vi muita gente reclamando sobre o filme ser machista. E ele precisa ser, de certa forma, para não se descaracterizar. Se mudassem muito, por exemplo, incluindo um barco pirata só de mulheres, mulheres em cargos altos no governo ou na polícia. perderia contato com a realidade que serve de base para os filmes dessa franquia. (sim, são filmes de fantasia feitos com base na época dos piratas…)

Enfim, gostei bastante desse filme por trazer também muitos personagens antigos e abrir caminho para uma continuação. Estou curioso para o próximo!