Apostas, atrasos, e downgrade. Com o game adiado algumas vezes, e a constante queda de qualidade gráfica, The Division foi alvo de muita polêmica até o seu lançamento. Mas a Ubisoft manteve o pé no chão, e veio confiante provar que gráficos não são problema em meio à grande diversão que o vasto mundo desse novo RPG de tiro oferece.
Muitos games abordam a temática pós apocalíptica, e catástrofes que infecções e bioterrorismo causam. Mas em The Division não estamos em um universo “pós”, e sim “durante” uma crescente epidemia.
Um vírus de varíola modificado foi implantado no papel moeda de Nova York bem no período da black friday, e com grande circulação e contato desse dinheiro, quase todos os habitantes vão ficando doentes muito rápido, e/ou morrem enquanto a infecção se alastra.
Caos e desordem tomam conta com tanta bagunça e urgência em conter o vírus, e a região acaba se tornando terra de ninguém, onde bandidos se aproveitam de tudo, e cidadãos necessitados estão implorando por ajuda.
Depois da Lei Marcial, o governo ativa o “The Division”, um grupo de agentes altamente treinados que só são chamados caso mais nada adiante para ajudar o povo. Essas pessoas levam vidas normais, mas no momento que forem chamados, devem abandonar tudo o que tem, e seguir ordens. Você é um deles, e tem a missão de ajudar o povo, encontrar os culpados pelo bioterrorismo, e retomar Nova York das mãos dos bandidos e extremistas.
O sistema de criação de personagem é bem limitado, com poucos rostos e cabelos pré-definidos para escolher, além de cor dos olhos, piercings, pintura de rosto e tatuagem. Pode-se dizer que isso é compensado pela grande variedade de vestimentas que podemos encontrar para usar. Mas seria ótimo ter mais opções para criarmos nosso personagem.O Bom é que podemos criar vários personagens diferentes no mesmo jogo, como todo RPG. Isso supre aquela falta de ter vários “save files” em jogos de hoje em dia.
O game se preocupa em fazer você entender como tudo funciona, tendo uma série de missões no Brooklyn que te ensinam o essencial para jogar. Depois da pequena porção da historia ali, partimos para Manhattan, onde a verdadeira ação acontece, e a trama se desenrola.
Trabalhamos com a JFT (Joint Task Force), que é um grupo de Policiais, Bombeiros, e Médicos e agências do governo para tomar a cidade de volta. Depois de estabelecermos uma base com eles, realizamos missões principais e secundárias para 3 alas: Médica, Elétrica, e de Segurança.
Ganhamos dinheiro, experiência, e recursos para melhorar cada uma das áreas para qual realizamos tais missões. Isso nos dá vários benefícios, e desbloqueiam habilidades para o jogador.
O gameplay é ágil e frenético. podemos andar, correr, dar saltos de esquiva para qualquer direção, usar cobertura, habilidades, e é claro, atirar. Podemos também realizar ações como cumprimentar, acenar, bater palma, etc. para nos comunicar com outros jogadores.
O sistema de covers é muito bem arquitetado, prático de usar, e lembra muito “Gears of War”. É obrigatório você abusar das coberturas nos combates, a não ser que você esteja em um nível muito mais alto que o inimigo. Caso contrário, sair andando e tentando atirar vai fazer com que você seja morto imediatamente.O sistema de progressão é por nível, e não tem muito segredo nisso. Você realiza missões, mata inimigos, ganha experiência, fica mais forte, e aguenta missões e locais superiores. Um pequeno problema para os apressadinhos é a diferença enorme de nível requisitado entre uma missão principal e a outra, te obrigando a fazer missões menores, e matar uns inimigos por um tempo antes de conseguir prosseguir com a historia principal.
Mas isso também aumenta o tempo útil do jogo, e faz com que você explore mais o universo e tudo o que ele pode oferecer, encontrando equipamentos novos, esconderijos, lojas, materiais para criação de itens, etc. Lembrando que depois de completar uma missão principal, podemos repeti-la e aumentar a dificuldade para pegar recompensas melhores.
Lógico que, com um jogo de mundo aberto enorme, temos vários easter eggs, e coletáveis interessantes ao longo da jornada. Entre eles, podemos encontrar e ouvir telefonemas, procurar agentes desaparecidos, e até observar “ECOS”, que são hologramas de acontecimentos em um determinado local.
Esse último é o mais interessante, pois podemos observar cenas estáticas chocantes sobre pessoas que viveram ou passaram por ali, e as tragédias que houveram com elas. Tudo isso mostra o cuidado que a Ubisoft teve para criar um universo que envolva também emocionalmente o jogador, exibindo o impacto que aquela infecção teve nas pessoas e suas rotinas.
Tudo no jogo, é claro, pode ser feito com até 4 pessoas online em grupo, e é aí que o jogo se torna interessante e envolvente. Ele é completamente online, e podemos encontrar agentes para jogar a qualquer momento, de acordo com nossas preferências. Entrar no grupo de algum outro agente, deixar o seu próprio jogo de portas abertas, ou convidar jogadores é sempre ótimo para explorar o jogo da forma que ele foi pensado.
O único problema é que por ser completamente online, é impossível jogar ele sem estar conectado, mesmo quando optar por jogar sozinho. Não podemos nem desabilitar a opção de permanecer conectado enquanto jogamos, o que faz com que você saia automaticamente do jogo caso sua conexão com o servidor caia, por exemplo.Isso tem acontecido com muita frequência pelo menos agora no período em que o game foi lançado, e é de certa forma frustrante você estar no meio de alguma missão, em momentos decisivos, e seu jogo simplesmente voltar para o menu com o aviso de conexão perdida. Felizmente, se estávamos jogando em grupo, nós voltaremos a jogar com as mesmas pessoas se reconectarmos ao jogo e o pessoal ainda estiver lá, até no meio de uma missão.
Falando em online, é claro que todo RPG precisa ter seu espaço dedicado ao PvP. No The Division, essa área é a Zona Cega. Você precisa alcançar no mínimo o nível 10 para ter alguma chance por aqui, ou morre na hora. Isso é bom, pois você vai entrar lá já entendendo como todo o game funciona, e apostar nas suas habilidades.
A Zona Cega não possui limite de jogadores no mapa, ao contrário do resto do game. Além de derrotar inimigos controlados por computador para pegar itens raros valiosos, você também pode tentar matar outros jogadores para roubar o seu loot. Isso também pode ser feito em grupos de até 4 jogadores se ajudando, lembrando que alguém da sua equipe também pode te trair e matar você a qualquer momento para te roubar. Criar grupos com jogadores desconhecidos aqui é viciante, tenso, e de tirar o fôlego. Você nunca sabe quem vai te trair, ou se vai dar tudo certo.
Todos os itens pegos aqui estão contaminados pelo vírus, o único jeito de guardar eles com segurança para poder usar é chamar o helicóptero para a extração e aguardar sua chegada com o suor escorrendo no rosto para ninguém aparecer para tentar roubar seu loot precioso, ou você pode tentar matar os jogadores e tomar tudo para si. É insanamente perigoso e divertido!
E se tudo isso faz parecer que todo esse conteúdo vai se tornar enjoativo com o tempo, a Ubisoft já tem cartas na manga. Grandes DLC’s ainda estão planejadas para lançamento ao longo de 1 ano, prolongando a vída útil do seu game até pelo menos começo de 2017.
Com tanto conteúdo planejado, e o vício de RPG de sempre querer estar mais forte, esse game é realmente de prender a atenção por um bom tempo.
Mas e aquela polêmica sobre os gráficos?
Muita gente compara o “Antes” e “Depois”, mostrando o game pela primeira vez na E3 2013, e como ele ficou quando foi lançado, mas ninguém lembra do “Durante”.
Conforme o game era adiado e mais coisa era mostrada, os gráficos das demonstrações foram ficando cada vez mais próximos do que vemos na versão final. E apesar de tentar nos acostumar com o visual mais simplório com essas demonstrações, a Ubi havia prometido que não haveria downgrade em The Division, mas a queda gráfica aconteceu, e deixou muita gente com a pulga atrás da orelha com a empresa que se tornou famosa por ser vítima do próprio marketing exagerado.
Isso não quer dizer que o jogo seja ruim ou feio. Na verdade ele ainda é muito bonito, apesar de não chegar aos pés do visual que foi mostrado em 2013. O ciclo Dia-Noite é constante e incrível, as mudanças climáticas são imprevisíveis, e as fumaças, fogo, partículas e iluminações são o que há de melhor.
Mesmo assim, precisa de pequenas correções na performance, que esperamos em próximas atualizações. Os delays de renderização são enormes, nos fazendo enxergar texturas borradas mesmo depois de 10 segundos parados na frente dela, esperando ela renderizar. Isso nos faz perder um pouco a sensação de imersão no ambiente. Felizmente, não dá pra notar nenhuma queda de FPS, mesmo em momentos mais frenéticos com muita coisa rolando na tela.
Os loadings também são muito demorados, até mesmo ao renascer depois de morrer. Pior mesmo é ser desconectado por problema no servidor, e ter que aguardar quase 1 minuto até o jogo carregar novamente, isso se você conseguir se reconectar.
Mas em uma geração de “lançar primeiro, corrigir depois”, nada que não possa ser consertado, certo?
The Division é a aposta que a Ubisoft está segurando confiante, e fazendo muita gente morder a língua depois de experimentar, mostrando que o downgrade gráfico é o mínimo dos problemas. Um game envolvente, viciante, e que vai te fazer passar muitas horas nele com facilidade. Se você é fã do gênero, vale muito o investimento. Sozinho ou em grupo, a diversão é garantida!
– Versão testada cedida pela Ubisoft: PS4
Meu jogo Tom Clancy’s The Division esta rodando com minha EVGA GTX970 a 22 fps ta tendo muita queda de frames ta horrível,no inicio joguei de boa,agora ta impossível jogar ,ja até desisti de entrar no jogo,queda de frames,gráficos problemáticos,lags e bugs,ta impossível jogar,como pode uma coisa dessas,um jogo que o recomendado pede uma GTX970 rodando a 22 FPS isso quando não cai mais ainda,o jogo ta todo bugado,paguei quase 200 reais no jogo para isso,sinceramente ,essas empresas estão de sacanagem conosco,acho isso uma falta de respeito tremenda com os jogadores de PC o cara vai la paga 1,750 reais numa placa top de linha num País de merda igual o nosso ,para acontecer isso,sinceramente se nós não começarmos a fazer algo isso vai continuar acontecendo,de um basta nisso,Diga não aos jogos mau produzidos,não comprem…