A Torre Negra existe num mundo de um universo paralelo ao que conhecemos e sua existência impede que as trevas possam dominar qualquer universo. Roland (Idris Elba) é o último dos pistoleiros que protegem a torre dos seres das trevas.
Liderados pelo misterioso homem de preto (Matthew McConaughey), esses seres cruzam entre universos e conseguem se passar por humanos, utilizando uma segunda pele.
Eles também possuem uma máquina capaz de lançar raios em direção à torre para destruí-la e seu combustível são as mentes de pessoas com dons especiais. Através do controle de portais, eles passeiam por outras realidades, bolando planos para raptar essas pessoas.
Jake Chambers (Tom Taylor) é um garoto do mundo “normal” que passou a ter pesadelos constantes sobre o mundo onde a Torre Negra existe, após a traumática morte de seu pai.
A cada dia que passa, ele descobre mais sobre pessoas, lugares e acontecimentos desse lugar desconhecido… E a parede de seu quarto é cheio de desenhos sobre as lembranças de seus pesadelos.
Claro que isso o afeta negativamente, até mesmo no convívio com outras pessoas. E isso faz com que seus pais acreditem que ele tenha algum problema mental.
O filme mostra como Jake descobre a verdade sobre o outro mundo, como ele encontra o pistoleiro Roland e o que eles fazem para confrontar o homem de preto.
A Viagem entre mundos acontece sempre
Adaptação dos livros para o cinema
Basicamente essa é a premissa do filme baseado na série de livros de Stephen King. Ele nos apresenta todos esses elementos de fantasia, mesclando um pouco de terror e consegue deixar o espectador querendo saber mais sobre a história, sobre a torre e o mundo onde ela existe.
Infelizmente o filme entrega pouco. Após aguçar nossa curiosidade, ele resolve o problema com o homem de preto de forma simples. Muita coisa deixa de ser explorada e a impressão que temos é que vimos só o primeiro episódio de uma série de TV e não um filme completo.A duração do filme é o que mais agrava esses problemas. Tendo apenas uma hora e meia, tudo acontece muito rápido e não há tempo para os personagens se desenvolverem ou criarem um algum vínculo mais crível.
Por exemplo, a amizade de Jake e Roland acontece em meio aos tiroteios e viagens entre os universos paralelos, mas nada se aprofunda….
Mesmo sendo um habilidoso atirador, o Pistoleiro não tem nenhuma cena de combate memorável e a luta final contra o homem de preto é resolvida de uma forma bem sem graça.
Nem tudo está perdido
A parte mais interessante do filme com certeza é o mundo onde a torre existe. Mas pouco ficamos sabendo sobre ele. São vários mistérios jogados para o espectador que não são resolvidos, como o motivo da existência dos seres das trevas ou o que há dentro da torre.
Não existe nem a tentativa de responder parcialmente deixando algo para uma possível continuação.
Embora muitas análises tenham destruído completamente este filme, ele não é de todo mal. Apesar de vários problemas, ele ainda diverte. Os momentos de tensão, perseguição e descoberta de um novo mundo é muito bem feito.
Esse confronto não é nada criativo
Da metade para frente o roteiro se perde, o clímax não é nada interessante e o final até faz sentido e deixa brecha para outro filme, mas não é nada surpreendente.
Eu até daria uma chance para uma continuação porque os personagens são legais. É uma pena que uma premissa tão boa quanto a desse filme tenha sido tão mal aproveitada.
Talvez uma série (que era o projeto original) funcionaria melhor para essa adaptação dos livros de Stephen King.