“Kingsman: O Serviço Secreto” de 2014 apresentou uma nova forma de se fazer filmes de ação baseado em quadrinhos. E agora em “Kingsman: O Círculo Dourado” a fórmula consagrada é levada aos limites, temos uma sequência bem competente em todos os aspectos, muito divertida e que conta mais um capítulo das histórias do agente “Eggsy” (Taron Egerton).
Nessa sequência, a nova vilã extremamente sádica Poppy (Julianne Moore), viciada na estética dos anos 50, realiza um ataque ao quartel general da Kingsman. Assim, Eggsy e Merlin partem para os Estados Unidos onde buscam ajuda da Statesman, a “filial americana” deles.
Lá eles descobrem mais sobre o passado da própria Kingsman, sobre acontecimentos do primeiro filme e reunem forças para combater a nova ameaça que desta vez é mundial.
Conhecendo a Statesman
Os novos personagens da Statesman são bem carismáticos e, como o estilo do filme pede, bem escrachados.
Temos o Tequila (Channing Tatum) que é o típico cowboy meio burro. Whiskey (Pedro Pascal, o eterno Oberyn) que faz o estilo pistoleiro veloz. A agente Ginger (Halle Berry) que serve de apoio aos agentes mas sonha em participar em missões de campo. E o lendário chefe Champagne, que não poderia deixar de ser interpretado por Jeff Bridges, super famoso por filmes de velho oeste.
Aquele líder que todos respeitam!
O interessante no filme é que ele não tem medo de chocar quem está assistindo, alguns acontecimentos são bem drásticos e acabam mudando a forma como a história se desenrola.
E isso acontece pois a vilã Poppy não mede esforços para acabar com tudo o que a Kingsman já foi um dia.
Após destruir a agência secreta britânica, Poppy coloca em prática seu segundo plano. Cansada de ser muito bem sucedida em seus negócios na clandestinidade, ela passa a injetar um vírus mortal nas drogas que vende.
O chicote (é um laço…) estrala e as armas também!
Assim, ela passa a chantagear grandes líderes mundiais a legalizarem a venda de drogas em troca de ceder o antídoto para esse vírus que pode matar qualquer pessoa contaminada em poucos dias. E esse vírus se alastra rapidamente.
O presidente dos Estados Unidos promete publicamente negociar com Poppy para resolver a situação, no entanto, é apenas um blefe. Ele na verdade não está nem aí para o problema e ainda considera os usuários de droga as piores pessoas do mundo.
Para resolver o problema, Eggsy se junta a Whiskey e Merlin para roubar o antídoto da Poppy ao mesmo tempo que tenta desvendar em que local do planeta fica seu esconderijo nada discreto.
O interessante é que de certa forma, o filme faz algumas críticas sociais mesmo que isso não seja seu foco. Temos a questão da legalização de drogas em contraste a alguns produtos que são legalizados mas que também podem fazer mal se consumidos em excesso.
Também é abordado a forma como a sociedade vê os usuários de droga e a forma como trata os viciados. Mesmo tratando isso de forma sutil é interessante ver que o filme vai um pouco além de ser apenas divertido e engraçado.
Ação, diversão e piadas
As cenas de ação extremamente bem elaboradas estão de volta. Aquele estilo de câmera com poucos frames continua chamando muita atenção e torna-se a marca registrada da franquia. Não há uma luta que não te deixe de boca aberta e a trilha sonora fantástica também tem culpa nisso!
O bom humor no melhor estilo inglês também retorna, mas agora a mescla com personagens “extremamente americanos” dão um ar de novidade às piadas.
Falando em piadas, as sexuais ainda existem mas não chegam a agredir. Algumas são até mesmo bem pensadas e o roteiro não se rebaixa em nenhum momento.
Já dizia o cantor: Essa mina é louca
Não sei se é spoiler dizer que um cantor bem famoso está no filme como escravo musical da Poppy. Ele dá a trilha às cenas da vilã e acaba participando até mesmo de algumas boas cenas de ação.
Vontade de quero mais
O desenrolar do filme tem momentos chocantes, divertidos e alguns até tocantes. As vezes, nem tudo o que vemos é o que parece ser e nem todos são tão confiáveis.
Equipamento diferenciado e tematizado
Eggsy acaba aprendendo muito nessa nova aventura e após o término do filme fica a vontade e a esperança de que uma continuação seja lançada (se possível que não demore mais 3 anos para sair).
Tem 3D?
Quando for assistir no cinema lembre-se de procurar uma sessão mais barata em 2D pois assisti ele em 3D no IMAX, e de 3D mesmo, não tem nada.
Algumas cenas até “atiram coisas na sua cara” para simular o efeito em três dimensões, mas no geral só a legenda mesmo que se destaca da imagem filme.
Vale a pena?
Kingsman: O Círculo Dourado é aquele filme que vale ver no cinema até mais de uma vez por toda sua estética única, tanto visual como sonora.
Quem curte filmes baseados em heróis de quadrinhos não pode perder.
Quando estreia?
Kingsman: O Círculo Dourado estreia dia 28 de setembro de 2017
Assistimos a cabine de imprensa a convite da 20th Century Fox do Brasil