Thor, da Marvel, ganha seu terceiro filme e ele consegue ser bem diferente dos anteriores ao seguir novos conceitos que deram muito certo nas produções recentes da empresa.
Acerta em alguns pontos, erra em outros, mas o resultado final é positivo para a franquia. Prepare-se para ir ao cinema assistir algo que mudará muitas coisas no Universo Cinemático da Marvel (MCU).
Sinopse
O filme começa com Thor (Chris Hemsworth) continuando sua missão iniciada em Vingadores 2, que é procurar as Jóias do Infinito.
Porém, ele é impedido devido ao que aconteceu no final de Thor 2 (O Mundo Sombrio). Se você não se lembra, Loki (Tom Hiddleston) manda Odin (Anthony Hopkins) para outra dimensão e então passa a governar Asgard usando a forma de seu pai.
Thor então tenta resolver esse problema com seu irmão e em seguida sai a procura de Odin. Infelizmente, essa busca acaba fazendo com que Hela, irmã mais velha de Thor, seja libertada de sua prisão e inicia-se uma guerra em Asgard.
Na tentativa de voltar para Asgard, Thor é desviado do caminho de teleporte e acaba sendo jogado no planeta Sakar, onde o excêntrico Grão Mestre (Jeff Goldblum) escraviza grandes guerreiros para lutar em arenas.Como já vimos nos trailers, o maior campeão entre os gladiadores é Hulk que foi mandado para este planeta no final de Vingadores 2.
E a luta entre ele e Thor é maravilhosa. Cheia de ação e muitas referências. Steve Rogers adoraria ter visto essa luta…
Falando em trailer
O trailer nos mostra uma aventura bem descompromissada, leve, meio psicodélica e fortemente inspirada no sucesso dos filmes Guardiões da Galáxia 1 e 2.
E é justamente isso que Thor: Ragnarok entrega.
Ao ser extremamente fiel ao trailer, não dá para dizer que a Marvel enganou o público, conforme já vi alguns comentários na internet (sério, tem gente achando que iria ter dramalhão e choradeira mesmo depois de ver os trailers…).
Ninguém rela nela!
Hela (Cate Blanchett) consegue ser uma ótima vilã. Poderosa, carismática, revela um lado de Odin que era desconhecido nos filmes e também um passado sombrio de Asgard que poucos se lembravam.Aparentemente, seus poderes são muito maiores que dos outros personagens e isso faz com que Thor e os outros tenham que pensar bem antes de entrar em combate. De longe, Hela é a melhor vilã que já apareceu nos filmes de Thor.
Kratos, é você?
Algumas partes do filme lembram muito videogame, principalmente jogos como God of War. A luta inicial que o diga: os golpes são fantásticos, os ângulos de câmera são cinematográficos e, para finalizar, Thor guarda o artefato conquistado com sua vitória nas costas, amarrando em seu peito (só faltou ele gritar algo para a Athena).
A trilha segue aquele estilo synthwave dos anos 80 que está tão na moda atualmente. Ela funciona bem ao lado das músicas licenciadas.
Piadas, piadas, piadas!
A Marvel deu uma banana para quem reclama que seus filmes exageram nas piadas.
Em Thor: Ragnarok elas voltaram com força total. Quase não há cena sem elas, que não são de mau gosto, mas ainda assim, poderiam ser menos recorrentes.
Acho que esse deve ser um efeito chamado “Mulher Maravilha” que foi um filme feito na medida certa, com roteiro simples, humor balanceado e sem ter aquele clima super dark dos filmes da DC.
Infelizmente, ao invés do novo filme do Thor ter aprendido algo com isso, ele foi para o extremo oposto. Isso pode causar mais revolta em alguns fãs que esperam algo mais sério nos filmes da Marvel.
De qualquer forma, ainda que o excesso de piadas seja o maior problema desse filme, ele continua sendo bem competente e avança muito na história contada no Universo Cinemático nos Cinemas.
Só é uma pena mesmo que não deixe pontas para o próximo filme dos Vingadores. Uma das coisas mais legais da fase 1 do MCU era ver que “tudo estava conectado” e a Marvel está se esquecendo disso aos poucos.
Muitas aparições
Stan Lee está no filme, obviamente. E muitos personagens fazem aparições como o Doutor Estranho. Alguns fazem pequenas pontas, outro são apenas citados. Por isso, fãs do MCU que acompanham desde o primeiro Homem de Ferro irão aproveitar muito mais esse filme.
Os novos personagens também são bastante carismáticos. A Valquíria (Tessa Thompson), por exemplo, tem bons motivos, após um passado traumático, para viver em Sakar. Skurge (Karl Urban) é um cara bem mala de Asgard, que nunca havia citado anteriormente, e tem até mesmo um desenvolvimento de personagem interessante.
Thor: Ragnarok Vale a pena?
Claro! Mais um episódio muito divertido do MCU foi contado aqui com grande foco em aventura e ação.
Vá ao cinema sabendo que o número de piadas será mais alto que o costume, não se importe com isso e divirta-se com Thor e sua trupe!
Agora resta somente Pantera Negra, que estreará em fevereiro de 2018, antes de vermos a conclusão de tudo em Vingadores 3: Guerra Infinita, que chegará em abril de 2018.
E o 3D está bom?
Thor: Ragnarok foi filmado em IMAX e provavelmente deve ter um 3D muito legal. Infelizmente, a cabine para imprensa desse filme foi em 2D e não pudemos testar.
- Assistimos Thor: Ragnarok a convite da Marvel