No dia 25 de agosto foi lançado Armored Core VI: Fires of Rubicon e Bandai Namco nos enviou uma cópia do jogo para este review. Produzido pela FromSoftware, ele traz de volta a franquia Armored Core após um hiato de 11 anos. O mais recente título está disponível para Windows PC, PS5, PS4, Xbox One e Xbox X|S.
Armored Core VI é um jogo de ação em terceira pessoa de combate entre robôs gigantes. Seu enredo se passa em Rubicon 3, um distante planeta onde foi descoberto uma nova fonte de energia que poderia revolucionar as tecnologias existentes. Infelizmente, a disputa por essa substância causou uma série de conflitos que devastou vários planetas. Então, cerca de 500 anos depois, a humanidade volta a tentar dominar esse recurso.
Você irá jogar com um mercenário que recebe missões dos mais variados tipos e de muitos clientes diferentes, indo de mega-corporações até grupos de resistência. Para cumprir seus objetivos, é necessário montar e equipar seu mecha utilizando acessórios que podem ser comprados e que surgem aos poucos conforme se avança nas missões.
O jogo possui uma estrutura clássica de gameplay que lembra bastante o que era visto na era PS2/Xbox, separando as missões em fases geralmente curtas (de 5 a 15 minutos) e não dispondo de características mais atuais como mundo aberto para explorar. Ainda assim, os mapas das missões são bem mais extensos do que os jogos anteriores tinham e podem aparecer objetivos secundários além dos principais.
A jogabilidade é um ponto forte de ACVI. Os controles são bem responsivos e passam muito bem a sensação de se estar pilotando um mecha. Até quatro armas podem equipadas, indo de pistolas e canhões até escudos e espadas laser.
E cada uma funciona em um dos botões superiores dos controles. A ideia é o jogador trocar os equipamentos até encontrar algo em que ele se saia melhor em cada missão. Por isso, elas podem ser repetidas quantas vezes forem necessárias.
A dificuldade das missões varia muito e não segue uma linha crescente. Você pode empacar numa fase difícil e a seguinte ser extremamente fácil. Como exemplo, logo no início, após o tutorial, aparece um chefe que fez muita gente desistir do jogo e pedir reembolso. Embora seja realmente uma batalha desafiadora, não é impossível. Pois se trata de um inimigo que não pode ser vencido de longe, é necessário estar sempre colado nele e abusar dos ataques de espada que tiram muito dano.
Antes que você se pergunte, apesar de ser um jogo da FromSoftware, este não tem influências da série Souls. Tanto em mecânicas como em dificuldade. Afinal, não é em todo momento que se enfrenta chefes (alguns são bem fracos contra certos tipos de equipamentos) e os inimigos comuns são destruídos facilmente. Você irá encontrar mechas, torretas, helicópteros, tanques, naves colossais, entre outros.
Durante o combate, além das quatro armas, é possível pular, planar, travar a mira em um inimigo e usar um dash simples para qualquer direção ou um super rápido em direção ao seu alvo. E a forma como tudo isso pode ser combinado é o que torna o jogo tão divertido. Some a isso a possibilidade de se testar vários tipos de equipamentos. comparar seus atributos e montar seu mecha definitivo.
As missões rendem uma recompensa em dinheiro que são usadas para reparar seu mecha e comprar peças novas. Além disso, elas podem ser repetidas (valendo uma recompensa menor) possibilitando concluir algum objetivo que ficou faltando ou mesmo para conseguir uma pontuação maior.
Os gráficos estão muito competentes, tanto na geração atual como na anterior, com as devidas diferenças de FPS e resolução. Testei no PS4 Pro e a experiência foi satisfatória, mesmo rodando em 30fps. Os modelos dos mechas são bonitos e muito bem inspirados. É até mesmo possível adicionar detalhes neles como adesivos, ferrugem e mudar as cores (peça por peça).
Os cenários também são bastante criativos e variados. Sua construção dão uma ótima sensação de vastidão, mesmo quando você chega no limite da área explorável. Há muitos elementos destrutíveis e todos os ambientes passam muito bem a sensação de planetas abandonados, com exceção das fases no espaço, claro.
É normal que não se veja humanos durante as fases pois geralmente eles estão dentro dos mechas e outros veículos. Mas em nenhuma outra ocasião você os verá também. Nem nas cutscenes, no galpão onde você modifica seu mecha ou nas telas de briefing das missões. Fica uma sensação esquisita em ver apenas os mechas e os cenários.
Isso atrapalha também na imersão com a história, pois só escutamos vozes e com isso fica difícil de se apegar aos personagens ou se importar com eles.
Pelo menos, a parte de ação está aí para suprir essa falha. E concluindo o jogo você abrirá a opção de recomeçar a campanha, mantendo todos os seus equipamentos (e dinheiro), mas adicionando mais fases ainda mais desafiadoras.
Existe também um modo de simulação e treinamento, para o jogador testar suas habilidades antes de ir para as missões reais.
Embora exista o modo PVP, ainda não tive tempo de testar para essa análise. Foquei mais na campanha single player.
O jogo veio com legendas em pt-br, o que facilita bastante para para entender a história e também saber os atributos positivos e negativos de cara acessório.
Finalizando
ACVI prova mais uma vez que a FromSofware não vive só do estilo Souls. Ele conseguiram se manter fiéis ao estilo da franquia ao mesmo tempo que modernizaram alguns pontos de jogabilidade. Agora só falta reviver a série Tenchu também.
Mesmo quem não é fã da temática de mechas deveria dar uma chance ao jogo por conta dos combates muitas vezes frenéticos e divertidos.
ANÁLISE
[Game] Análise – Armored Core VI: Fires of Rubicon
Armored Core VI: Fires of Rubicon tira essa série do hiato com um jogo muito competente, bonito, divertido e que aprimora a jogabilidade clássica.
PRÓS
- Ótima jogabilidade
- Gráficos competentes
- Grande variedade de peças
CONTRAS
- Dificuldade não é progressiva, sendo bem desregulada
- A falta de humanos prejudica na imersão