Review: Ticket to Ride

Ticket to Ride é um jogo estratégico estilo euro com regras bem simples. Originalmente da aclamada empresa “Days of Wonder” e trazido para nós pela Galápagos, cada jogador representa um viajante, que apostou com os outros quem era capaz de viajar por mais tempo nas cidades americanas em apenas sete dias. Vamos ver se essa jornada valerá a pena?

Setup:

Nada muito especial por aqui: Tabuleiro no meio, cada jogador recebe 4 cartas de vagão (explicado depois), embaralhe o resto das cartas de vagões e revele cinco dela e deixe em algum canto. Cada um também escolhe sua cor favorita e recebe seus 45 trens. Ao contrário de War, por exemplo, que perder alguns exércitos da caixinha não faz diferença, aqui ter o conjunto completo é essencial. Por isso, o jogo vem com alguns trens extras para caso alguém perda a peça.

O mais importante é a escolha de bilhetes de destino: Cada jogador recebe três, escolhe com quantos quer ficar (mínimo uma). Este bilhete mostra duas cidades e uma pontuação, e ela é responsável pela “virada de mesa” no fim da partida. Como ela faz isso você quer saber? Continue lendo…

 Gameplay:

No seu turno, você pode fazer apenas uma das seguintes ações:

a-      Comprar carta de vagão: Você pode pegar duas cartas e caso não gostou do que foi revelado no setup, pode pegar cartas fechadas também. Para cada carta pegada das reveladas, revele outra, deixando sempre cinco opções para todos os jogadores.

b-      Conquistar uma rota: no tabuleiro há diversas rotas, com o mais variado tamanho. Você pode conquistar qualquer um apenas descartando um numero de cartas da mesma cor correspondente ao tamanho da rota. Exemplo: a rota tem três marcadores? Então descarte três cartas de uma mesma cor e coloque três dos seus trens naquela rota, simples assim. Cada rota conquistada te dará pontos baseado no tamanho dela, alem dela não poder ser perdida e nem conquistada por outros jogadores, então com o passar do tempo, as opções de rotas ficam cada vez mais limitada…

c-       Comprar bilhete de destino: caso você queira ainda mais bilhetes de destino, você pode gastar sua ação pára comprar três do deck, e assim você escolhe com quantas quer ficar (mínimo uma). No final da partida, se você consegui conquistar rotas o suficiente para ligar as duas cidades escritas no bilhete, você vai ganhar pontos equivalente ao mostrado na carta, e aí que está o perigo: caso você tenha falhado em cumprir o bilhete, você vai PERDER os pontos na carta. Bilhetes são importantíssimos e perigosos, e um dos principais fatores estratégicos do jogo.

O jogo segue até que algum jogador tenha somente dois ou menos trens para se colocar no tabuleiro aí cada jogador têm mais um turno, daí conta-se os pontos e quem conseguir mais é o vencedor!

Considerações finais

O jogo é bem simples, e isso é um dos pontos mais fortes do jogo. Por ter regras de fácil assimilação, ele é um potencial sucessor do “war” e “banco imobiliário” das estantes das famílias em geral. E apesar de tudo, o valor estratégico do jogo é bem alto, constantemente bloqueando as rotas para que seus oponentes não possam cumprir seus bilhetes de destino. O fator de sorte é quase nulo, e seu único ponto fraco reside em não ter lá muitas estratégias diferenciadas para se ganhar o jogo.

Ticket to Ride

Nota: 5 de 5

Pontos positivos: Um jogo que se pode colocar na mesa em praticamente qualquer grupo de jogo, independente da idade. Simples e eficiente.

Pontos Negativos: Não existe muita variação estratégica. Pessoas que gostam de jogos estratégicos mais pesados podem achar esse jogo quase infantil.