Em 1810 um rico comerciante vai à falência devido a um naufrágio. Ele muda com seus três filhos e três filhas para o campo para reiniciar a vida. No entanto, a única que aparenta gostar da vida rural é Bela, a filha mais nova.
O pai deles resolve fazer algo para voltar para a cidade e conseguir a vida de antes. No entanto, ele descobre dívidas e outros problemas que foram causados por um de seu filhos. E acaba sendo perseguido por maus elementos a quem seu filho devia.
Durante a fuga, ele descobre um palácio, após passar por uma densa floresta. Dentro deste lugar, ele encontra um banquete na sala de jantar e satisfaz sua fome. Ao sair do local, ele resolve levar uma flor do jardim do palácio para sua filha Bela, que havia requisitado o presente.
Então, o monstruoso dono do palácio surge e ameaça matá-lo, incluindo toda a sua família. Ao chegar em casa, Bela fica sabendo de seu pai todo o acontecido e resolve salvar a vida de seu pai, indo em direção ao castelo, para morrer no lugar dele.
No entanto, o monstro decide que ela deve morar lá para sempre, em troca dele não matar ninguém da família de Bela. Ela aceita e passa a ter uma vida de luxo e solidão.
Durante o sono, Bela tem sonhos mágicos que recontam o passado daquele lugar. Ao mesmo tempo, o relacionamento entre ela e o dono do palácio começa a mudar.
O filme conta uma versão bem diferente da criada pela Disney. Isso é muito positivo pois pode surpreender o público. O roteiro é bom e a história é bem conduzida, intercalando presente e passado sem deixar o espectador perdido.
Há muita informação e explicações para tudo que aparece. Isso impede furos de roteiro e particularmente eu achei isso muito bacana. Mesmo assim, conversei com pessoas que acharam isso meio maçante e que o filme poderia ser mais curto.
A trilha sonora é muito competente e envolve o espectador no filme. Os efeitos especiais são muito caprichados. É muito difícil distinguir um cenário real de um cenário feito em CG. Isso porque a ambientação é muito boa. E é perceptível na arte de todo o filme que ele não se trata de uma produção hollywoodiana e sim francesa.
O rosto da Fera é também feito em CG e parece bem realista. Seu corpo tem proporções mais humanas, diferente da Fera criada pela Disney. No inicio dá para estranhar um pouco, mas isso passa com o tempo.
É difícil achar um defeito nesta produção, talvez, o único ponto fraco seja a atuação de Vincent Cassel no papel da Fera. Em suas duas formas, humana e monstruosa, parece faltar um pouco de sentimento na hora de demonstrar que ele possui um passado triste.
Para todos que adoram fábulas e contos, eu recomendo esse filme por representar uma outra versão de A Bela e a Fera. Ela é mais fiel ao conto original e merece ser conhecida por todos. Os efeitos são um verdadeiro show à parte e na versão dublada temos a atriz Paola Oliveira na voz da Bela.