Análise do evento AGE 2013

No último final de semana aconteceu o AGE 2013 em Campinas.  Eu e o Frodo fomos até o evento para conferir e agora direi o que achei, o que eu presenciei e se valeu, ou não, a pena viajar de São Paulo até lá.

Bom, como Campinas é um pouco longe, fechamos uma pacote com a caravana de São Paulo, que partiu do bairro da Liberdade, às 8 da manhã e foram 2 horas de viagem. Chegando ao local, vimos 2 filas, para quem tinha ingresso antecipado e para quem ainda não tinha. O evento iria abrir por volta das 11 da manhã.

Mas aí, começaram alguns problemas. A fila dos ingressos antecipados tinha pessoas com ingressos comuns, ingressos comprados na internet e o pessoal de outras caravanas. O que se sabia era que as caravanas poderiam entrar sem pegar fila. No entanto, muitas chegaram antes do evento começar essas pessoas acabaram indo para a fila dos ingressos antecipados e virou uma enorme confusão, mesmo não sendo um filme da Sessão da Tarde.

Eu e o Frodo nos cadastramos no site da AGE como imprensa, porém, não tivemos retorno. Mesmo assim, conversamos com o pessoal responsável no portão do evento, e como nós pagamos o ingresso no pacote da caravana, ao menos nos deixaram entrar sem precisar ficar na fila, num sol escaldante. Mais tarde, ficamos sabendo que a organização do evento tinha poucas pessoas cuidando do cadastro de caravanas e de imprensa. Eles e praticamente não atenderam nenhum e-mail ou pedido após uma certa data.

Assim, entramos no AGE um pouco antes de abrir para o público e a primeira área que tivemos contato era a das lojinhas, que tem em todo evento de anime. Aliás, AGE significa “Animation, Games e Entertainment” (um evento que rola de tudo um pouco). As lojinhas estavam terminando de ser organizadas e havia muita coisa legal e barata para comprar. DVDs de shows de J-Pop, K-pop, animes, action figures, canecas, toquinhas temáticas, etc… Tinha até uma loja com fitas clássicas de SNES, Mega Drive e jogos de PS1 e 2 também.

A Almofada Geek esteve presente também, com seus produtos interessantes e criativos. Neste setor, tudo rolou como esperado e as lojas ficaram abertas até o evento terminar. Naquele local tinha uma área reservada para Card Games como Magic e Pokémon Trading Card Game.

Então, Frodo e eu partimos para a quadra fechada, onde iria rolar o torneio de League of Legends. Lá existia um enorme palco com um telão e vários computadores onde os jogadores profissionais iriam disputar. Ali também estavam os estandes da Garagem Comics e do Um Sábado Qualquer.

Havia uma pequena área com cerca de 10 mesas dedicadas a jogos de tabuleiros nacionais. Era uma área mais isolada, sem toda aquela agitação e gritaria das outras partes do evento. Grandes jogos como Selene, Butim, Contágio e Runicards tinham seus estandes, o público podia experimentar esses jogos e também comprá-los. Os criadores dos jogos estavam presentes e dispostos a ensinar como jogar. Com certeza essa área sozinha valia o ingresso do evento.

Achei interessante ver que a Sony também marcou presença no evento. Um salão enorme era somente dela, com mais de 15 PlayStation 3 mostrando uma variedade de jogos para o público testar. Não faltou God of War: Ascension, The Last of Us,  Call of Duty Black Ops 2, PEs 2013, The King of Fighters XII, Injustice, UFC 3, etc. Alguns torneios no palco deste salão aconteceram, principalmente com jogos tipo FPS.

No lado de fora do prédio havia o palco principal, que ficava junto com a praça de alimentação. Na verdade, não havia uma praça, pois as tendas de comida rodeavam a área onde ficavam as pessoas vendo as atrações do palco. Como sempre acontece nesses eventos, a fila para se comprar comida era enorme. E os preços nada amigáveis. Havia um yakissoba com uma cara muito boa (não comi… não aguentei ficar na fila), lanches, pipoca e a lendária batata frita, cujo cheiro da fritura empesteava todo o evento.

Com as pessoas comendo por alí e poucas lixeiras por perto, a área em frente ao palco foi ficando cada vez mais cheia de papéis, garrafas e latinhas vazias. Pelo menos, tinha um pessoal que passava de tempos em tempos recolhendo o lixo e varrendo. Eles devem ter suado muito a camisa nos 2 dias de evento.

Muitas atrações rolaram no palco. Feromonas e Venom estiveram por lá, atraindo a garotada que curte Minecraft. Carlos Ruas, do “Um Sábado Qualquer” realizou uma palestra sobre seu trabalho. E também, aconteceu um concurso de cosplay.

A organização do evento não foi das melhores. Na verdade, aconteceram muitos problemas. A palestra do Venom e do Feromonas demorou mais que o previsto. Quando Carlos Ruas foi se apresentar, o computador do evento não conseguia rodar as apresentação dele no telão, ficaram tentando arrumar, o que acabou comendo tempo da apresentação. Assim, o Ruas teve que improvisar a palestra. Por sorte o vídeo de abertura rodou. No entanto, o Ruas teve que falar às pressas e teve pouco tempo para responder as perguntas da galera, pois uma das organizadoras do palco começou a acelerar ele, pois ela queria dar prioridade para o concurso de cosplay que viria em seguida. Achei errado isso, porque não foi culpa do Ruas o equipamento do evento não funcionar direito.

Perto da saída havia um estande de batalha campal. Mas eu nunca vi nada de muito interessante nesse tipo de atração. É somente um local onde pessoas podem lutar usando cabos de vassoura revestidos de espuma e papel laminado (algo assim).

Como eu disse antes, a comida era difícil de conseguir e muito cara. Mas, para nossa salvação, saindo do evento, logo na esquina mais próxima havia uma padaria. E adorei saber que as padarias de Campinas são mais baratas que as de São Paulo! Foi lá onde eu tirei minha barriga da miséria e almocei, tomei café da tarde e jantei.

Então, após jogar no salão da Sony e testar alguns jogos de tabuleiro, o sono estava chegando, o evento acabando e o horário de ir para o ônibus da caravana se aproximando. Combinamos com a organizadora da caravana de nos encontrar às 8 e meia, já que o evento iria até as 8 da noite e teríamos 3o confortáveis minutos para encontrar todos as pessoas que foram conosco. Todavia, parte da caravana eram dois times de League of Legends, e as duas ficaram para a final do torneio que estava acontecendo alí. Então, nós da caravana tivemos que esperar a disputa final que estaria rolando naquele momento em que o evento estava acabando.

Nós voltamos para a quadra, onde acontecia o torneio e descobrimos que a batalha final NEM HAVIA COMEÇADO. Como o sono já estava me corroendo, fiquei alí sentando. Então, nos informaram que a batalha não havia começado pois estavam com problemas no streaming. Depois de meia hora, tudo se resolveu e os times iniciaram o jogo.

Foram quase 50 minutos de luta. A plateia ali vibrava com cada Double Kill que o 2Kill fazia em cima do KeyD. E a vitória acabou sendo do 2Kill mesmo. Aí eles pararam para comemorar, tirar foto…. E eu que achava que umas 10 da noite já estaria em, casa, estava lá, esperando o motorista ligar o motor do ônibus.

Na volta para casa, aguentei um pessoal falando umas baixarias enquanto não conseguia dormir na poltrona do ônibus, que achei meio incomoda. No entanto, estou vivo aqui, para contar essa história.

O AGE 2013 deve ter sido mais proveitoso para quem mora em Campinas e não quer gastar rios de dinheiro para vir até São Paulo no Anime Friends ou outro evento desse tipo.  Espero que melhorem a organização dos próximos, pois foi um dia bastante cansativo e um evento cheio de imprevistos, atrasos e confusões.