Dwayne Johnson, também conhecido como “The Rock” (embora ele não queria mais ser chamado assim), está na pele de Hércules, o lendário filho de Zeus.
Baseado nos quadrinhos “As Guerras Trácias” da Radical Comics, o filme conta uma das histórias de Hércules, quando ele e seu grupo decidem ajudar Cotys, o rei de Trácia a fortalecer seu exército.
Nos primeiros minutos do filme, somos apresentados à lenda de Hércules, sobre como ele foi concebido e sobre ele ser filho de Zeus. O interessante é que depois disso, várias vezes somos questionados se Hércules é mesmo um semi-deus ou aquilo não passa de uma lenda.
Hércules já passou pelos 12 trabalhos e, depois que teve toda a sua família assassinada, ele se aliou a um grupo de mercenários. Juntos, eles estão sempre viajando em busca de novas missões.
Tudo vai bem durante o treinamento do exército de Trácia, e após algumas vitórias em batalhas, Hércules descobre alguns segredos sobre o trabalho que estava executando e que o buraco era bem mais embaixo.
Com ótima ambientação, figurino e efeitos especiais, o filme é tão bonito quanto qualquer outro filme épico da atualidade, abusando do 3D em alguns momentos. Mas, o trailer passa uma ideia diferente do que é visto no cinema. Ao assisti-lo temos a impressão de que se trata de um filme que se leva mais a sério, com grandes batalhas entre milhares de soldados.
No entanto, o filme se apoia bastante na comedia. Existem momentos sérios e até mesmo emocionantes, mas você verá muitas cenas cômicas parecidas com aquela do trailer em que um dos mercenários, Amphiarus, está se entregando para a morte e é salvo pelo protagonista.
Dwayne Johnson deu vida a um Hércules diferente do visto na mitologia. Ele é bem relax e acompanha o estilo descompromissado do filme. Acho até um pouco engraçado o cabelo que ele tem, não sei se é uma peruca ou aplique, mas realmente é difícil ver o “The Rock” com esse visual.
Os mercenários que acompanham Hércules tem personalidades e visuais bem interessantes (para não dizer excêntricos). Logo no começo do filme há uma cena que mostra um pouco de cada um deles.
Acho importante lembrar que Atalanta, a arqueira, assim como todos os personagens que usam arco e flecha no cinema, tem uma pontaria quase mágica.
O roteiro flui bem. Talvez o único ponto que eu achei estranho é a rapidez que Hércules e seu grupo são convencidos a lutarem contra o verdadeiro vilão.
As cenas de luta são muito bem coreografadas e a briga final é um show à parte, lembrando o que vemos no jogo “God of War”. Não existe muito que se possa dizer da trilha sonora, ela ambienta bem, mas não é nada marcante.
Não espere nada muito profundo em “Hércules”. O filme foi feito para ser divertido, com ótimas cenas de ação, ter boas doses de humor e adaptar as histórias dos quadrinhos no cinema.