Se você curtiu “TED”, este filme irá te agradar pois ele traz o mesmo estilo de piadas. E o motivo é que o criador de ambos os filmes é o mesmo: Seth MacFarlane.
A tradução para “A Million Ways To Die In The West” seria algo como “Um Milhão de Maneiras De Se Morrer No Oeste”. No entanto, a Universal quis dar uma tradução que segue o estilo daquelas comédias de antigamente. Aliás, o teor das piadas e o tipo de conversa que os personagens tem lembram muito os filmes que passavam de tarde na TV aberta dos anos 90.
Mas não rola nudez ou algo do tipo. Mesmo assim, você pode considerar ofensivo para crianças (se bem que eu fico abismado com o vocabulário infantil dos dias de hoje…).
Enfim, o filme conta a história de Albert Stark, um pastor de ovelhas que vive no Velho Oeste no ano de 1888. Stark não é muito conhecido por ser valente. Um dia, ele acaba sendo desafiado para um duelo na cidade de Old Stump, e tenta de todas as formas escapar da morte oferecendo dinheiro para seu inimigo. Assim, ele sobrevive mas leva um tiro no pé e ainda perde Louise, sua namorada (que é outro tiro no pé).
Dias depois, Stark descobre que Louise já está com outro cara, Foy, o dono de uma Bigoderia (loja especializada em tratamento de bigodes).
Stark desafia Foy para um duelo, mesmo não tendo a mínima noção de como usar uma arma. E nesse meio tempo, ele conhece uma misteriosa mulher que chega na cidade. Depois que ele a salva de um acidente durante uma briga de bar, ela passa a ajudá-lo a treinar pontaria e ter um pouco mais de confiança em si mesmo.
E ainda temos o grande fora da lei renegado Ra’s Al G…, digo, Clinch Leatherwood (percebeu o trocadilho do nome dele?) que está para chegar na cidade de Old Stump.
A cidade é cheia de gente doida. O destaque vai para os país de Stark e seus dois amigos Ribisi e Ruth, ambos noivos e que estão se guardando para a noite de núpcias, com o ligeiro detalhe de que ela trabalha como prostituta num bordel. E Ribisi apoia ela totalmente, vai buscar no emprego, leva para passear, traz de volta, etc.
Ao mesmo tempo que o filme parodia os antigos westerns, ele homenageia, com uma trilha sonora inspirada e uma abertura longa e instrumental, que mostra em tomadas aéreas todo o velho oeste.
Como disse anteriormente, as piadas tem um tom bem adulto, sempre que possível, elas são sexuais, embora não haja nudez. Muitas cenas são aquelas de humor rápido com um comentário sarcástico no final.
O filme não é um poço de inovação mas tem suas boas ideias. Não espere a reinvenção da roda, mas é possível rir em vários momentos. Vale uma ida ao cinema se você estiver a fim de apenas relaxar o cérebro e se distrair.
Existem referências à outros filmes, duas para ser exato, e quando assisti, a sala toda riu bastante, em ambas. Por isso fica a dica: uma delas acontece depois que acaba o filme, então não saia da sala! E se você está esperando ver um antepassado do Nick Fury recrutando Albert Stark, não é isso!!! (embora essa ideia seja engraçada)
“Um Milhão De Maneiras De Pega Na Pistola” é uma boa comédia. Existem várias cenas cômicas bem criativas, os personagens são únicos e mostram bastante personalidade. Os efeitos especiais foram bem empregados, embora não aconteçam sempre.
O elenco é muito bom. Neil Patrick Harris está bem em seu papel, mostrando o ar de superioridade que possui o rico e bigududo Foy. Ele tem até oportunidade para cantar e dançar. Quem é fã dele na série “How I Met Your Mother” vai curtir ele aqui também.
Liam Neeson sempre fica bem como vilão e neste caso, não foi diferente. E Charlize Theron convence bem como a mulher cheia de segredos que surge na cidade e simpatiza com o mocinho da história. Além disso, parece que para ela, o tempo não passa!
Veja o trailer: