Desde o começo deste ano estamos sabendo que a Sega pretende fazer grandes anúncios com relação ao Sonic. E isso está ligado ao aniversário de 30 anos dessa franquia.
Na passagem de ano a Sega publicou no twitter alguns teasers com a hashtag #Sonic2020 e existem várias outras evidências de que um novo projeto está em produção.
Neste artigo comentamos mais sobre isso.
Infelizmente, com a atual situação de “quarentena” que acontece o mundo, vários eventos estão sendo cancelados, incluindo os relacionados a games. E com isso, as chances da SEGA mostrar novidades tem diminuído muito.
Graças ao enorme sucesso do filme do Sonic que estreou em fevereiro pela Paramount, podemos dizer que ele está numa fase positiva e o anúncio de um novo agora jogo cairia muito bem.
O filme bombou nos cinemas e em breve chegará ao home video e streaming
Há quem diga que teremos um remake de Sonic Adventure, mas são apenas especulações. Aqui nessa matéria está uma lista de coisas que deveriam e que não deveriam fazer parte de um novo jogo em 3D do Sonic.
E nos games?
Enquanto no cinema o ouriço azul está indo muito bem. Podemos dizer que nos jogos para consoles e PC o gosto é meio agridoce. Embora não tenhamos mais tido pérolas como o Sonic 2006, os jogos recentes têm sofrido alguns problemas, principalmente relacionados a orçamento.
Sonic Mania foi um bom jogo que foi melhorando a cada nova atualização e terminou sua evolução na DLC Plus, que trouxe até mesmo novos modos, personagens, chefes e rebalanceamentos. Com foco nos jogos clássicos em 2D, ele foi uma bela homenagem.
Não adianta falar mal da versão inicial do Sonic Mania, hoje em dia não dámais para acessar ela, mesmo quem não tem o DLC Plus
Sonic Forces foi vendido como uma sequência do bem recebido Sonic Generations, no entanto, ele prometeu bastante e cumpriu pouco. Transparece nele um investimento reduzido, sendo um projeto bem menor do que o jogo anterior, com uma jogabilidade inferior e simplificada, fases curtas e muito mais lineares.
Seu enredo, que prometia ser mais complexo, foi sub-utilizado. Parte dele só está em quadrinhos, outra parte você só escuta através de personagens pela tela de seleção de fases. E no final temos um jogo que foi vendido a 40 dólares, um preço que é quase uma forma de desculpas por ele são tão pequeno.
Era uma grande promessa. Mas ficou só nisso mesmo…
Team Sonic Racing tentou absorver ideias dos jogos multiplayer online de time contra time e aplicar num estilo de corrida. Porém, assim como Forces, ele foi lançado por 40 dólares, com pouco conteúdo e sem nenhuma intenção de ter atualizações.
Comparando com o jogo anterior, Sonic All-Stars Racing Transformed, percebemos o quanto ele foi podado em relação a número de personagens, de pistas, em complexidade dos trajetos e até modos de jogo.Ele foi esquecido rapidamente e poucas pessoas ainda jogam online. Enquanto isso, o remake de Crash Team Racing, lançado no mesmo ano, continua firme e forte nos modos online. Ele foi lançado com todas as pistas do jogo original, as pistas do Crash Nitro Kart (continuação) e permanece recebendo mensalmente desde o lançamento novos personagens carros e pistas, além de ter ganhado o prêmio de melhor jogo de corrida de 2019 da The Game Awards.
Ao menos Team Sonic Racing tem uma jogabilidade bem competente. A desenvolvedora Sumo Digital nunca falhou nesse aspecto, mostrando desde Sega Superstar Tennis que sabe como fazer jogos de esporte com mascotes.
O que está acontecendo com a SEGA?
Ao analisar tudo isso, é possível observar que a Sega não está mais apostando todas as suas fichas em Sonic. Os produtores podem dar várias entrevistas falando o quanto estão animados em trabalhar nos projetos e coisas do tipo. Mas só isso não é suficiente.
O grande problema atual é a verba destinada para a produção dos jogos que aparentemente só tem diminuído.
A última vez que foi visível um grande investimento da Sega com relação ao Sonic foi em Sonic Unleashed de 2008. Foi quando concluíram o motor gráfico Hedgehog Engine e conseguiram adaptar a jogabilidade do Sonic Rush para um ambiente 3D, criando a famosa “jogabilidade de boost“.
Ainda assim, na época a Sega já demonstrava não ter total confiança na franquia quando resolveu adaptar a jogabilidade do God of War (um dos jogos mais aclamados e copiados da época) dentro do jogo do Sonic, criando assim o infame Werehog e suas fases noturnas que duram 70% do jogo ou mais.
Fora isso, o fantasma do lançamento apressado continua assombrando a franquia também. Não é de hoje que os jogos do Sonic sempre tem uma data fixa para ser produzido e por nada no mundo a Sega ousa adiar, mesmo que a necessidade seja clara e falte polimento em mecânicas ou construção das fases.
Imagine o quão faria bem para Sonic 2006 uns meses a mais de desenvolvimento…
Assim, fica difícil ser fã e otimista ao mesmo tempo. Talvez, como a Sega tem ido muito bem nos jogos de celular, sua mentalidade mudou quanto aos jogos de console e PC, disponibilizando uma quantidade de verba parecida e apenas esperando que os jogos rendam alguns trocados. Sem se preocupar em realmente criar jogos memoráveis, já que os fãs acabam comprando qualquer coisa que lance.
Aliás, os fãs…. ah os fãs! Da mesma forma que existem aqueles alienados que estão presos nos primeiros jogos da franquia, e odeiam tudo o que foi lançado depois disso (mesmo sem jogar), existem aqueles que aceitam qualquer coisa que venha da Sega, não questionam e ainda defendem!
Eles acham que todos precisam aceitar as presepadas do Sonic Team. Segundo eles, é mostrando incentivo aos jogos ruins que vai gerar lucro para a empresa poder investir em bons produtos futuramente. Porém, se jogos menores e com pouco polimento já estão dando dinheiro, vão melhorar para quê? Não é mesmo?
A verdade é que o personagem Sonic está completando 30 anos e ele merece mais cuidado! Isso se traduziria num jogo AAA bem feito, com um orçamento decente e que valesse a pena até mesmo pagar 60 dólares, o preço normal de um jogo.
Enfim, vamos falar aqui sobre o que deveria haver num jogo novo em 3D do Sonic para que ele fosse realmente bom. E também as coisas que a Sega deveria evitar.
1. Boa Jogabilidade
Pode parecer papo de Capitão Óbvio, mas, antes de qualquer coisa, para algo ser considerado um jogo ele precisa poder ser jogável. Então, um jogo essencialmente precisa ser bom de jogar, trazer ao jogador uma boa experiência em controles, em jogabilidade e somando isso a outros fatores para mantê-lo entretido.
Se olharmos para os jogos da série Adventure, da Rush, da Advance e mesmo da Clássica, vemos que são jogos que compartilham de um mesmo tipo de jogabilidade. A cada jogo novo lançado elas vão melhorando, tornando a experiência do jogador cada vez melhor.
Nos jogos da série Boost, tudo o que havia sido criado em Sonic Unleashed foi melhorado em Sonic Generations e algumas ideias novas foram criadas em Sonic Colors. Tudo foi muito bem até que chegou Sonic Forces, com uma jogabilidade muito mais limitada, sem alguns comandos como o drift, com um homing attack que às vezes falha e não permite que o jogador faça o movimento para as costas do personagem, obrigando-o a sempre ir para frente.
Fora outros problemas menores como no controle dos pulos. Por exemplo, se você pula para frente e solta o controle, o personagem cai reto. Se você pula para frente e aperta para trás, o personagem continua seguindo em frente, porém mais devagar. Não faz sentido.Isso é uma coisa bem frustrante e triste. Depois de tantas outras séries onde a jogabilidade foi levada a sério, o que aconteceu em Forces foi um dos fatores que mais decepcionou grande parte do público.
Por isso, um novo jogo do Sonic, se ainda tiver a jogabilidade de boost, precisa ter cuidado muito especial em trazer de volta a qualidade do Generations. E se possível, fazer ela ainda melhor. Os passos precisam ser dados para frente!
Se for para focar somente em criar histórias e agradar os olhos dos fãs com engines gráficas super modernas, é melhor fazer um filme!
Caso optem por mudar o estilo de jogabilidade, aposentando o boost, o novo estilo deveria olhar para o passado, mesclar as melhores ideia, e criar algo que dê uma renovada na franquia.
O que mais tem cansado na jogabilidade boost, e Sonic Forces ajudou a reforçar isso, é o excesso de linearidade e automação dos movimentos. O próxmo jogo deveria trazer mais liberdade ao jogador, algo mais prazeroso de jogar. Algo que faça o jogador ter mais vontade de explorar ou de rejogar o jogo para descobrir segredos ou outras rotas.
O jogador não vai ter pressa de terminar as fases e elas vão durar mais tempo naturalmente. Mas ele também tem a opção de correr e tentar bater seu recorde de tempo. O importante é deixar as pessoas jogarem do seu jeito, corre quem quer, explora quem quer.
2. Bom Level Design
Quando um jogo tem uma jogabilidade interessante e divertida, o jogador sente mais e mais vontade de jogar. Ele vai passar mais tempo com o jogo, e por consequência disso, vai querer explorar os estágios, achar rotas alternativas, descobrir o que ainda não viu.
Os jogos mais famosos do Sonic em grande parte apresentam fases mais extensas, com opções de caminho para o jogador, o que pode mudar a forma como é jogado a cada nova partida.
Fora isso, os jogos com as fases mais memoráveis possuem temáticas interssantes e inimigos bem variados. Você sabe que uma temática é boa quando ela é usada para criar gimmicks que deixam a fase mais criativa e variada, como por exemplo, os bumpers da Casino Night ou a “prancha” de City Escape.
Todos esses elementos se resumem em um “bom level design”. O novo jogo do Sonic não pode desleixar nesse quesito. Se o jogador está desfrutando de uma boa jogabilidade, ele vai se sentir à vontade para explorar uma fase. Então é importante que ela tenha uma construção criativa, boa variedade de inimigos e principalmente uma duração decente.Existem casos como em Sonic Heroes em que as fases duram até vinte minutos, sendo longas demais. Em Sonic Forces é o oposto: fases super lineares, com poucas rotas alternativas e acabam em menos de dois minutos. Claro, tivemos fases curtas assim em Sonic Colors também, mas nesse era a exceção, e não a maioria…
O novo jogo do Sonic precisa de um meio termo entre isso. E Sonic Generations é a referência para esse quesito. Fases com boa durabilidade de tempo, entre 4 e 7 minutos, várias rotas, muitos inimigos exclusivos por fase e que dá um pouco mais de liberdade para o jogador explorar.
Um novo jogo que tiver fases estilo Generations (mas em maior quantidade) será um sucesso na certa!
3. História interessante In-game
Quando falamos de jogos comemorativos, séries ou quadrinhos comemorativos, sabemos que o grande foco ali está em reunir e homenagear alguma obra. É por isso que nesses casos, o foco está em relembrar e trazer algo de um passado distante ou recente.
E no caso de um jogo temos um roteiro simplificado para que o foco fique em relembrar e trazer de volta tudo o que mais marcou. Um grande exemplo são os dreamatches da série The King of Fighters.
Assim é Sonic Generations. Ele acertou em cheio em sua proposta: trazer um game que homenageasse os jogos principais da franquia Sonic. Trazendo uma história propositadamente simples para dar espaço à recriação de fases de várias épocas diferentes. Foi muito interessante ver tantas fases reimaginadas para o estilo de jogo clássico e estilo boost.
Já Sonic Forces, não era comemorativo. Ele queria trazer uma nova história mais séria e mais cativante em relação aos jogos recentes. Estes estavam simples demais e muito voltados para comédia.
Forces tinha somente a missão de pegar tudo o que já tinha dado certo em Generations, incluindo a jogabilidade, e adicionar uma boa história. Algo que parecia bem simples para uma empresa tão grande como a Sega. No entanto, ele falhou nos dois quesitos.
O enredo trouxe um novo vilão, Infinite, e abordou um tema diferente: um mundo destruido onde Eggman venceu e os heróis precisam se reorganizar. Eles criam uma força de resistência para salvar o planeta e realizam várias missões ao seu redor, reconquistando territórios aos poucos.
Na teoria é uma ideia muito boa e traz um ar de novidade aos jogos. Porém, a execução foi extremamente fraca. Talvez, por necessidade de economizar orçamento, grande parte da história, incluindo a origem do novo vilão, foi passada para alguns quadrinhos publicados fora do jogo.
Nem todo mundo que vai jogar o jogo sabe disso. Eles não tem como adivinhar. É por isso que sempre digo que obras principais precisam sempre se sustentar por elas mesmas. Materiais de apoio não devem conter parte importante para o entendimento da obra principal.
Esses quadrinhos tiveram o problema de terem sido publicados somente em inglês (talvez em japonês também). Isso ajudou a afastar eles ainda mais de outros jogadores que não conhecem essa língua. Lembrando que o público alvo dos jogos do Sonic sempre foram as crianças. E fica a impressão de que a Sega só está se importando com as que falam inglês…
Outro grande problema da execução da história de Forces é que o jogo não mostra muita coisa ao jogador. Existem poucas cutscenes, e elas nem mesmo são em CGI. Grande parte do que acontece nos ouvimos personagens falando na tela do Mapa.
Eles surgem em caixas de diálogo e falam que estão lutando em tal lugar, resolvendo missão X ou Y. Mas fica para o jogador imaginar o que está acontecendo. Em outras palavras, o jogo esconde coisas que custariam dinheiro para serem mostradas na tela..
Há quem diga que jogos do Sonic não precisam de histórias complexas. Mas isso não é bem verdade. Se for uma história bem estruturada, ela só vai acrescentar para a experiência do jogador.Isso foi um dos fatores que tornou a aventura de Sonic 3 & Knuckles tão memorável em relação aos jogos anteriores. E olha que as cutscenes nem vozes digitalizadas tinham, mas elas contavam uma história. Mesmo com poucos recursos do Mega Drive, tudo estava alí, até mesmo um final bastante épico.
Por isso, o novo jogo deveria ter sim uma boa história. Mas ela deve ser contada totalmente dentro do jogo. E de formas interessantes, trazendo cutscenes para momentos importantes, tornando jogável os momentos marcantes e fazendo o jogador sentir que faz parte da aventura.
Se os jogos mais aclamados tem momentos finais bastante emocionantes, isso também não pode faltar!
4. Gráficos
Se tem algo que é difícil dos jogos do Sonic decepcionarem é no quesito gráfico. Pode até haver um Sonic 2006 com alguns cenários pobres e genéricos cheios de humanos realistas que reperetem as mesmas animações. Mas não é padrão.
Esse foi um elemento que melhorou bastante em Sonic Forces. Lançado seis anos após Generations e com o novo motor gráfico Hedgehog Engine 2, o jogo ficou realmente bonito. Principalmente em texturas de cenário e efeitos de iluminação.Nem tudo me agradou. A direção artistica das fases do cassino na floresta é um pouco estranho, porém outras zonas são mais bonitas, como as espaciais no Death Egg ou a nova Metropolis.
No geral o resultado foi bastante satisfatório. E um novo jogo mantendo essa qualidade, aliada a fases com bom level design, pode garantir gráficos ainda mais bonitos e variados.
Acredito que a Hedgehog Engine 2 poderá mostrar ainda mais seus efeitos. Vamos torcer para que a Sega não troque os integrantes do Sonic Team!
5. Amigos do Sonic voltando a ser jogáveis
Quem reclama da existência dos amigos do Sonic não entende que eles são a fonte para variação de jogabilidade nos jogos.
Sonic 2006 foi um jogo ruim pois foi mal programado em termos de jogabilidade. A culpa não era do número de personagens disponíveis, era da Sega por ignorar o fato que o projeto teve problemas desde o início e precisava de mais tempo de desenvolvimento.Com esse tempo extra, o Sonic Team teria tempo para corrigir os bugs, polir a gameplay e concluir o desenvolvimento de fato.
Em geral, cada amigo do Sonic possui uma habilidade única, trazer eles de volta para os jogos deixaria tudo muito mais interessante e ainda aumentaria o fator replay.
6. Habilidades equipáveis
Uma das novidades de Sonic 2006 e Sonic and the Secret Rings era a opção de habilitar novas habilidades equipar nos personagens. Até mesmo em Generations temos essa opção.Isso dá ao jogador a possibilidade de adicionar personalidade ao seu gameplay. Ele joga da forma que mais gosta. E para quem faz speedruns é um prato cheio para personalizar da melhor forma e tentar bater os recordes mundiais.
Seria fantástico ver uma função dessa num jogo com mais de um personagem jogável. Mas, mesmo que fosse aplicável somente ao Sonic, não seria ruim.
7. Orçamento decente e maior tempo de desenvolvimento
Já citei aqui várias vezes que a Sega tem costume de estipular um tempo muito curto para o desenvolvimento dos jogos. Seja por conta de orçamento ou para agradar investidores que querem resultados rápidos. Isso sempre foi um fator que prejudicou muito os jogos.
Enquanto isso, vemos a Nintendo, que também faz jogos baseados em mascotes, adiando quantas vezes for necessário até que o jogo atinja qualidade máxima, levando ao mercado sempre produtos muito bem acabados.
Claro que, nem todos os jogos acabam agradando todo mundo, sempre tem um de menor sucesso no meio. Algumas pessoas podem até não gostar de um ou outro, mas não podem negar que, mesmo que achem um jogo na Nintendo chato, sua jogabilidade sempre é bem trabalhada e responsiva.
Por isso, neste ponto seria bom a Sega aprender com a ex-rival e deixar Sonic Team trabalhar o tempo que fosse necessário para entregar a melhor experiência possível.
Não dá para continuarem cortando cada vez mais o orçamento dos jogos. Jogos para consoles e PCs não podem ter “orçamento de jogo de celular”.Sabemos que a Sega fatura muito bem publicando jogos de outras empresas, lançando jogos mobile e mesmo fabricando arcades na Ásia. Então não parece ser tão difícil assim tentar investir mais nos jogos de seu mascote mais famoso.
Um jogo feito com bastante cuidado, com bom orçamento e tempo suficiente para que seja bem lapidado pode custar 60 dólares facilmente. E um jogo tão bom assim vai vender quando as pessoas perceberem que ele realmente presta.
Quando vendem jogos a 40 dólares fica muito claro a mensagem de que a empresa está dizendo “não esperem muito, é um jogo de baixo orçamento” e mostando que não está se importando muito tanto com o personagem, como com os fãs dele.
8. Voltar com a avatar?
A ideia de ter uma personagem customizável, o avatar, em Sonic Forces foi boa. A Sega abraçou a comunidade que cria fan chars (personagens criados por fãs) e permitiu que eles colocarem seus persoangens no jogo.
A execução foi mediana pois haviam poucas raças de animais e, apesar de ter uma grande variedade de itens para equipar, na realidade eram alguns poucos com muitas cores ou texturas diferentes.
Num novo jogo, caso o avatar voltasse, seria bacana se ele tivesse mais opções de costumização, variações de raça e poderes únicos .No caso, as Wispons iriam acabar voltando, sendo assim, seria bom se elas tivessem novas funções, ataques mais interessante e menos apelões. Para dar chance do jogador improvisar melhor, sem destruir quase tudo da tela num simples toque de botão.
Wispons que causassem efeitos nas fases seria interessante. Uma que usasse fogo poderia queimar partes do cenário abrindo rotas alternativas. Outra de gelo que pudesse congelar inimigos ou criar plataformas para acessar novas áreas. Seguindo uma linha mais criativa, os Wispons seriam bem melhores!
Concluindo sobre o Avatar, num possível retorno dele, seria bacana se ele tivesse o mesmo nível de importância dos outros personagens. Sem ofuscar os demais em termos de história ou jogabilidade.
9. Slots para saves separados
Com o tempo os jogos do Sonic foram perdendo essa característica que existiu desde Sonic The Hedgehog 3: poder ter mais de um save por jogo.
Em Sonic CD, se não me falha a memória, só era possível um salvamento, ja que a memória interna do aparelho era bem pequena. Sendo necessário resetar tudo para começar do início.Mas em Sonic 3 e em vários jogos com opção de salvamento, a opção de ter vários saves separados sempre existiu. É algo óbvio de existir, não? É tão prático!
Mas Sonic Generations já não tinha e no Forces também não teve. Foi algo que deveriam ter pensado melhor, já que uma das graças do Forces é criar seu persoangem. Você até pode criar vários avatares, porém, se quiser resetar a campanha para jogar a história novamente, todos eles são apagados!
10. Aprender com erros passados
Pode parecer meio óbvio dizer isso, mas aprender com os erros é a melhor forma de trazer sempre um produto melhor. Embora isso nem sempre aconteça.
É muito comum grandes empresas não se importarem com seus produtos no mesmo nível que os fãs se importam. Entre trocas de funcionários, mudanças de cargos, fusões de empresas, quem sofrem sãos os produtos, que acabam passando por alterações por conta de novas visões criativas.
Costumamos creditar os jogos principais do Sonic ao Sonic Team. Mas todos sabem que é apenas um nome de fachada que esconde a equipe que nele trabalha. Por mais que exista um diretor que chefie tudo, tudo fica meio nebuloso se não pararmos para ler quem são os criadores nos créditos dos jogos.
Não é fácil imaginar uma solução para isso. Vai depender do bom gosto da empresas em tentar manter seus produtos relevantes, sem deixar que eles percam sua essência. Enquanto nós como fãs só podemos reclamar com a empresa e fazer nossa voz ser ouvida para que mantenham a qualidade.
11. Um novo vilão
Seria interessante se o próximo jogo trouxesse um novo vilão e ele pudesse ser bem trabalhado dentro do jogo. Mostrando suas motivações e trazendo um perigo real para Sonic e seus amigos.
Fazer novamente o Eggman como vilão inicial e então fazê-lo se unir aos heróis para derrotar algo pior seria interessante. Já que isso não acontece há quase 20 anos!
12. Nova gimmick interessante e divertida
Todo jogo novo do Sonic traz uma nova gimmick para incrementar o gameplay. Tivemos o avatar, os Wisps, o Sonic clássico, e foram no geral bem aceitas. Talvez o Werehog seja a decisão mais polêmica por ter dividido bastante as opiniões.
Enfim, uma nova gimmick criativa é muito bem vinda. Ela pode ser a base de todo jogo e ter mesmo ligação com o enredo.
Vamos lá, Sega, faça um bom brainstorm de ideias boas!
13. Dar uma organizada no mundo
É um pouco difícil de acreditar que num mesmo planeta exista a Station Square, Soleanna e Green Hill. Mas o mundo de Sonic é assim. Então, seria legal se o próximo jogo desse uma organizada no mapa mundi. Não precisa trazer a Grenn Hill jogável novamente, ela merece um descanso! Mas seria bacana se dessem algumas explicações sobre como o mundo funciona. Porque ele tem regiões tão realistas e outras tão cartunescas. E também mostrar a disposição de todos esses lugares no mapa. Só para não continuar a impressão de que eles estão sempre mudando a geografia mundial e não se importam com isso.
14. DLC com expansão
Seria muito bom se preparessem uma DLC que valesse a pena. Trazendo uma expansão para a aventura, novas fases, novos chefes e um enredo completementar. Ninguém iria reclamar de pegar para ter mais conteúdo do jogo.
Principalmente se ele não for retirado do jogo antecipadamente para ser vendido depois, e seja algo realmentre criado após o lançamento do jogo, assim como foram os novos personagens e o modo Encore do Sonic Mania.
NO WAY! E agora o que não precisa ter no novo jogo:
1. Não precisa ter o Sonic Clássico
Existe uma razão para o Sonic Clássico ter voltado em Sonic Generations. A Sega estava homenageando a franquia toda e com ele foi possível reimaginar várias fases antigas e atuais utilizando um design clássico para as fases.
Mas em Forces, ele está deslocado. Nem na história ele tem muita relevância. E a jogabilidade dele também piorou no geral. Embora estivesse com uma aceleração mais rápida, o controle dos pulos piorou muito. Ou seja, se não for um jogo comemorativo, não tem motivo para trazer o personagem. Deixa ele apenas nos jogos que sigam a linha do Sonic Mania. Em quanto o Christian Whitehead estiver liderando projetos do estilo clássico, o Sonic barrigudinho estará em boas mãos.
2. Não mentir no trailer
A Sega conseguiu fazer ótimos trailers para Sonic Forces, porém, eles apresentam várias coisas que não acontecem no jogo.
Por exemplo, vemos numa cena os heróis lutando contra um dos enormes robôs gigantes que destroem uma cidade. Mas ele acaba não sendo enfrentado de verdade, apenas aparece numa cena de quicktime event. Ele não deveria ter sido ao menos um chefe de fase? Seria interessante demais!Também houve o caso de terem mostrado vários vilões antigos reaparecendo no trailer. O que fez os fãs gerarem mil teorias sobre como eles tinham voltado e qual eram suas motivações. Mas no fim das contas (spoiler), era só uma miragem criada pela pedra Phantom Ruby.
Não posso citar também que logo no início aparece escrito “Dos criadores de Sonic Generations”, só que isso não era bem verdade. Principalmente com relação ao novo pessoal que fez o fraquíssimo level design. Se fossem os mesmos que trabalharam no Generations, teríamos tido fases bem melhores no Forces.
Por isso, senhora Sega, não minta mais nos trailers! Mostre só o que poderá cumprir. Não faça mistérios demais e não alimente demais o hype se você não tem certeza que irá superá-lo quando o jogo lançar!
3. Não subestimar a evolução dos personagens que já existem
Se tem um erro que tira muito fã do sério nos enredos dos jogos do Sonic é a falta total de continuidade. Por mais que a linha cronologica da série seja na realidade meio bagunçada e fique nas mãos dos fãs teorizarem como elas acontecem, ao menos o desenvolvimento dos personagens era levado levado em consideração.
Era levado. Não é mais…
Em Sonic Forces temos casos de personagens que involuiram em relação ao que eram antes. Tails, por exemplo, que passou alguns jogos anteriores aprendendo a ganhar coragem para lutar sozinho, se tornou um medroso que se esconde de qualquer coisa. Não lembra em nada o Tails que salvou Station Square anteriormente em Sonic Adventure.
Sonic Adventure com o Tails do Sonic Forces seria assim…
Knuckles é outro caso. Antes era fácilmente enganado por Eggman, passou a ficar mais esperto, proteger a Esmeralda Mestre e sempre foi bom em combate. Em Forces virou líder da resistência, no entanto parou de sair em missão. Justo ele que sempre curtiu uma ação, mas acabou deixando tudo na mão do novato (o Avatar).
Esquecer o passado dos personagens é algo bem chato. E o próximo jogo do Sonic não pode ter esses deslizes. Que não tornem mais os personagens inúteis só para usar isso como desculpa para não criar novas jogabilidades no jogo.
4. Não copiar jogos famosos só para fazer dinheiro fácil
De vez em quando a Sega tem essas ideias. Eles veem um jogo que está fazendo sucesso no mercado e resolve copiar para ter um clone que venda bem, garantindo uns trocados de forma mais fácil e jogando a criatividade no lixo.
Alguns jogos até ficam bons, como é o caso do Sonic and Sega All-Stars Racing, principalmente por ter uma temática de velocidade (que é a essência dos jogos do Sonic). Mas nesse caso, quando a Sega permitiu a Sumo Digitial usar de criatividade tivemos um jogo muito melhor e com muito mais personalidade na continuação Sonic All-Stars Racing Transformed.
Já Sonic Unleashed é uma cópia descarada de God of War em 70% do jogo. E não é apenas nas fases noturnas, as fases aéreas também são apenas sessões estendidas dos quicktime events do jogo do Kratos. É algo totalmente fora de contexto, 0% criativo e que escancara a falta de confiança da Sega no Sonic Team.
Só faltou ele ficar gritando que a Atena traiu ele e blá, blá, blá…
Muitos dizem que Sonic Lost World aparentemente copiou Mario Galaxy mas, nesse caso tenho minhas dúvidas. Tirando isso, é um fato que a Sega parou de copiar qualquer coisa que esteja fazendo sucesso atualmente. Ainda bem, senão hoje em dia teríamos Sonic MOBA, Sonic Fortnite, Sonic Minecraft, etc…
Em todo caso, torço para que o próximo jogo do Sonic seja criativo e não copie nada.
5. Não copiar tendências ruins do mercado de jogos mobile
O que não falta hoje em dia são jogos para celular com microtransações. Você baixa, joga, e chega num ponto onde é quase obrigado a comprar uma lootbox para seguir em frente. Ou é isso ou precisa encarar um grinding absurdo.
E lootbox é aquela coisa: você compra o pacote, não sabe o que vem dentro e ainda pode vir coisa repetida. Te forçando a comprar novamente até que venha algo útil para seus objetivos.Por sorte, os jogos do Sonic ainda não tem esse tipo de mecânica. No entanto, Team Sonic Racing tem uma outra característica de jogos mobile: a roleta para desbloqueio de prêmios usando dinheiro “in-game”.
Faz sentido ter essa roleta em jogos grátis, pois o usuário gasta uns pontos apostando sua sorte para desbloquear algo. É um passo antes dele apelar para compras de lootbox com dinheiro real.
Mas num jogo como TSR, colocar a roleta não faz muito sentido. Você precisa jogar várias corridas, para juntar pontos e gastá-los na roleta. Onde pode vir coisas novas (peças de carro), ou repetidas (power-ups que são usados no início das corridas). Isso acaba gerando um grinding enorme, forçando o jogador a jogar muito para ter sorte de abrir todo o conteúdo do jogo. E essa demora é aleatória, variando para cada jogador.
No fim, foi apenas uma mecânica frustrante que não precisaria estar ali. Fica bem óbvio que foi uma forma fácil e artificial de aumentar o tempo de gameplay de um jogo que é bem curto em relação ao antecessor.
Pois bem. Tomara que nos futuros jogos do Sonic não exista mais esse tipo de coisa!
6. Não precisa ficar preso em nostalgia
Se o jogo não é comemorativo, não precisa ficar se prendendo muito ao passado. Os jogos da série principal do Sonic merecem ter sempre uma evolução. Seja em gráficos, jogabilidade ou história.
Não precisa ficar repetindo Green Hill e Chemical Plant para sempre. É bom dar uma variada, criar novos lugares, fases e personagens. A criatividade tem que vir em primeiro lugar.
E caso precise voltar a algo antigo, que não seja constante e sim apenas exceções.
Concluindo
Essas são minhas ideias para o próximo jogo do Sonic. São muitos requisitos, é verdade. Porém, se metade de tudo isso for cumprido, já teremos um resultado muito superior ao que Sonic Forces teve.
Nova arte do Sonic feita para comemorar os 60 anos da SEGA
Com a Sega tirando o escorpião do bolso, aumentando o orçamento e tempo de desenvolvimento já seria um grande passo. E claro, não podem desleixar na jogabilidade.São 30 anos de franquia e já era para eles saberem trabalhar com ela, sem a gente precisar ficar dizendo o que é bom ou não! A Sega estará em breve comemorando 60 anos de existência.
O momento de trazer algo realmente bacana para o Sonic não poderia ser mais propício!
Diga se concorda ou discorda desse artigo! Comente também suas ideias e o que gostaria de ver no novo jogo do Sonic.
O que será que a SEGA está preparando para nós?