A convite da Sony Pictures conferi o novo filme do Homem Aranha e posso garantir sem sombra de dúvidas que está entre as melhores adaptações do cabeça de teia.
Por se tratar de uma animação, Homem Aranha: No Aranhaverso já tem um feeling diferente e inovador. Aqui o personagem principal é Miles Morales, de certa forma, um novo Homem-Aranha que existe ao lado de Peter Parker, numa dimensão paralela.
O filme foca em mostrar como Miles se torna um Homem-Aranha e aos poucos vemos como ele desenvolve seus poderes. O grande objetivo de Miles é deter Wilson Fisk, o Rei do Crime, que está desenvolvendo uma gigantesca máquina capaz de alterar e reunir variadas dimensões.
Com o uso inicial da máquina, vários outros Homens-Aranha acabam se encontrando no universo de Miles. Eles se unem para impedir o vilão e também voltar para seus locais de origem.
Miles está no ensino médio, passando pelos típicos problemas da adolescência. Seu pai é um policial que não gosta muito dos vigilantes na cidade e também tem problemas com seu irmão, o tio de Miles, que aparentemente não leva uma vida muito correta.
No entanto, Miles que não se mostra muito apegado a seu pai, tem uma relação mais próxima do tio, que costuma o levar para fazer grafites pela cidade, ouvir seus problemas, dar conselhos…
São várias referências a outros universos no filme, e cada um dos outros Homens-Aranha tem suas características bem exploradas. Conforme cada um vai aparecendo no filme, uma breve introdução é feita, com direito a narração e página de quadrinho mostrando suas origens.
Temos a Spider Gwen, o Homem-Aranha Noir, o Peter Porker, a Peni Parker, entre outras surpresas. E o bacana é que eles se portam da forma que são em seus universos.
O Aranha Noir é sempre sério, falando frases de impacto e está sempre em preto e branco. Já Peter Porker, o porco, é sempre representado em 2D como se fosse um desenho animado antigo e usando bigornas durante as brigas.
A Peni Parker tem um estilo meio mangá, até na forma como fala, se movimenta ou pelas expressões estilizadas. No caso dela, seu pai é quem foi picado por uma aranha radioativa e, para não morrer, foi transformado um robô-aranha, onde Peni pode entrar e controlar.
Mesmo com tantos personagens para um filme de origem, ele segue um roteiro bem simples e fácil de entender. Alguns poucos momentos poderiam ser ser mais curtos, mas no geral o tudo flui bem, com muito humor e muita ação.
Os plot twists são interessantes o suficiente para nos manter interessados e o final é bom, deixando pontas para uma possível sequência.
Como é de praxe, há duas cenas pós-créditos. E uma delas não acrescenta muito, mas é hilariante.
Homem Aranha: No Aranhaverso estreia dia 10 de janeiro de 2019 no Brasil. Fique ligado!
- Assisti ao filme a convite da Sony Pictures