[Filme] Crítica – Jumanji – Próxima Fase

Em 2017, Jumanji recebeu uma continuação nos cinemas que ousou reformular e conquistou a aceitação do público. O filme trouxe uma nova história e uma atualização para o jogo Jumanji, que passou de um jogo de tabuleiro para um videogame.

Os novos protagonistas eram muito carismáticos e, ao serem transportados para dentro do jogo, podiam assumir a identidade de quatro personagens igualmente interessantes.

Agora no comecinho de 2020, “Jumanji: Próxima Fase” estreou nos cinemas brasileiros, continuando a história do filme anterior e expandindo ainda mais seu universo.

Sinopse: Em “Jumanji: Próxima Fase” a turma está de volta. Spencer (Alex Wolff) volta para dentro do Jumanji e seus amigos Martha (Morgan Turner), Fridge (Ser Darius Blen) e Bethany (Madison Iseman) precisam resgatá-lo. Porém, tudo está diferente. Os jogadores devem desbravar áreas desconhecidas e inexploradas, desde o árido deserto até as montanhas nevadas, para poderem escapar do jogo mais perigoso do mundo.

Dentro do Jumanji os jogadores tem uma nova missão, devem encontrar um objeto para salvar aquele mundo e conseguirem voltar para sua casa.

Logo no início somos apresentados ao avô de Spencer, Eddie Gilpin (Danny Devito) e ficamos sabendo que ele tem alguns assuntos mal resolvidos com um antigo amigo, Milo Walker (Danny Glover), que foi seu sócio anos atrás em um restaurante.

Eddie e Milo ajudam os jogadores mais do que você pode imaginar

Quando Martha e seus outros amigos descobrem que Spencer está novamente dentro do Jumanji, eles decidem resgatá-lo. No entanto, algumas coisas saem errado e Bethany não consegue voltar ao jogo, precisando pedir ajuda a Alex Vreeke para entrar. Sim, Alex é o cara que eles resgataram de dentro do jogo no filme anterior.

O jogo Jumanji está apresentando alguns bugs e de alguma forma dá acesso a uma nova fase. Por isso, sai o cenário das selvas e surgem o deserto e as montanhas geladas.

A encrenca está chegando

Dwayne Johnson, Karen Gillan, Kevin Hart e Jack Black continuam representando os personagens do jogo: Dr. Bravestone, Ruby RoundHouse, Franklin Finbar e Professor Sheldon Oberon. Porém, devido a bugs no videogame, os jogadores invertem seus papéis, gerando situações bastante cômicas.

Essas trocas fazem os atores precisarem mudar suas personalidades na hora de atuar e é algo que não é muito comum de se ver nos cinemas.

O novo vilão “Jurgen, o brutal” é interpretado por Rory McCann, muito conhecido por ter feito o “Sandor Clegane, o Cão” de Game of Thrones. Ele é imenso e realmente parece ser um adversário de respeito. Suas cenas são bem divertidas e convence como último obstáculo para a nova fase.

Às vezes, tudo o que precisamos é de alguém habilidoso

Entre os novos personagens também temos Ming Fleetfoot (Awkwafina), uma ladra com traços orientais que existe no mundo de Jumanji e acaba sendo de grande ajuda para os protagonistas.

Além dos novos desafios que os jogadores enfrentam também surgem mudanças nos personagens do jogo. Agora eles possuem novas habilidades, assim como fraquezas. E como é de praxe, eles devem combinar suas melhores características para superar cada nova etapa.

As vidas continuam contando. São três para cada jogador e a cada morte ele voltam, mas uma tatuagem some do braço. Morrendo todas as vidas, é game over. Por isso todo cuidado é pouco.

Fuga alucinante!

As cenas de ação são bastante divertidas e movimentadas. Muitos efeitos especiais são empregados e eles funcionam muito bem. A parte da corrida contra os avestruzes no deserto com certeza chama muito atenção. Logo em seguida temos uma luta contra macacos mandris numa colina com plataformas móveis (bem estilo videogame mesmo).

Aliás, depois de avestruz no deserto e macaco mandril na colina eu me pergunto se os produtores do filme são fãs de Mega Man X…

Danny Devito tem um personagem que é impossível não gostar. Mesmo sendo um senhor de idade, com dificuldade de locomoção, ele vai aos poucos se superando e acaba sendo um dos pontos mais importantes para a resolução dos problemas.

“Jumanji: Próxima Fase” consegue ir além do que o filme anterior foi. Ele expande ideias, traz novos conceitos, faz bom uso dos novos personagens e diverte bastante.

É um bom filme para as férias. E posso dizer que sua estrutura não cansou, aguardo uma terceira versão com novos personagens e outras fases.

Aliás, espero que ele vá bem na bilheteria pois aquele gancho da cena pós-crédito pode animar qualquer pessoa que gosta da série de filmes Jumanji.