[Filme] Crítica – Bad Boys Para Sempre

Os fãs de Bad Boys aguardaram 17 anos para ver uma continuação, mas a espera valeu a pena. O terceiro filme da franquia conseguiu manter a vibe de antigamente, trazer novidades e se atualizar com o mundo atual. Tudo isso sem perder a graça, nem as famosas cenas de explosão e tiroteio.

Desta vez Michael Bay não dirigiu, ficando apenas como produtor. Os diretores foram Bilall Fallah e Adil El Arbi que realizaram um ótimo trabalho emulando o estilo dos filmes anteriores principalmente nos dinâmicos momentos de ação.

Sinopse: Os Bad Boys Mike Lowrey (Will Smith) e Marcus Burnett (Martin Lawrence) estão de volta para derrubar um cartel de drogas em Miami liderado pelo implacável Armando Armas (Jacob Scipio). Juntos a Mike e Marcus está a AMMO, a nova equipe de elite da polícia de Miami.

Além de lidar com o crime organizado, os Bad Boys, que já não são tão Boys assim, precisam lidar as mudanças por conta da idade, questões familiares e fantasmas do passado.

Os personagens de Will Smith e Martin Lawrence continuam tão carismaticos e engraçados quanto antes. Mas muitas coisas estão mudando. Marcus acabou de se tornar avô e passa a questionar os metodos violentos que ele sempre usou contra os bandidos.

Mesmo nascido em família rica, Mike não larga seu trabalho. E seus carros são sempre sensacionais!

Enquanto sua família cresce, Mike continua solteiro e totalmente focado em sua carreira como policial. No entanto, com a fuga de Isabel Aretas da cadeia, o cartel liderado por ela e seu filho Armando volta a ativa.

Isabel, também conhecida como a bruxa, quer se vingar de todos os policiais que a prenderam e ainda mataram seu marido muitos anos atrás. Armando, então, passa a perseguir e assassinar a sangue frio alvo por alvo. E Mike, para variar, está nessa lista.

Assim, o filme traz toda a investigação feita para localizar e acabar com o cartel, ao mesmo tempo que passa uma nova sensação de perigo constante. Você nunca sabe quem será a próxima vítima na mira do Armando ou o que poderá acontecer a messoas próximas de Mike.

Armando armado armando para cima de Mike a mando de sua amada mãe

Há uma grande aproximação a elementos da cultura mexicana, até mesmo novelas são citadas durante os momentos familiares de Marcus. E da mesma forma que no segundo filme tivemos cenas em Cuba, dessa vez temos uma visita ao México.

Algo que nunca havia sido muito explorado na franquia era o passado de Mike. Muita coisa é revelada, principalmente por ele ter participado da operação onde Isabel foi presa. E o final garante surpresas bastante inesperadas.

Como eu disse anteriormente, depois de dezessete anos o mundo mudou. E isso é representado na forma do esquadrão AMMO, com quem os Bad Boys tem que trabalhar. Eles são cheios de tecnologia, drones, armas com munição não letais e pensam de forma bem diferente do estilo dos protagonistas que sempre preferiram atirar primeiro e perguntar depois.

A juventude conectada e não letal

O contraste é bem visível e o conflito de ideias acontece a todo momento. Os membros da AMMO até tentam cantar o tema do filme, mas são imediatamente reprovados por Mike e Marcus.

E obviamente, sempre que tiver algum ator ou atriz que tenha participado de algum High School Musical, não pode faltar uma piada sobre isso. Foi assim em Baywatch (2017) com Zac Afron, e agora também com a Vanessa Hudgens interpretando a oficial Kelly. Tá mais repetitivo que girar uma câmera lenta em volta do personagem como faziam nos anos 2000 para referenciar Matrix.

O bacana do pessoal da AMMO é que são personagens interessantes. Você pode até num primeiro momento achar que eles são meio malas por agir de forma diferente. Mas na verdade não. Todos acabam ajudando bastante e cada um deles tem bastante personalidade.

Os tiras que atiram antes?

Outras mudanças notáveis é que você não verá mulheres semi nuas, nem peitos de cadáveres e muito menos câmeras focando em traseiros gratuitamente. Não que isso tenha afetado o filme positivamente ou negativamente. Mas pelo menos vai evitar que pessoas reclamem do filme por algum motivo.

Talvez um pouco menos destrutivo que no filme anterior, as cenas de ação ainda são bastante empolgantes. Para os fãs do Michael Bay não faltam explosões e perseguições em alta velocidade, com direito a metralhadora giratória.

A fotografia manteve a qualidade. Miami continua muito bonita e “cheia de filtros do Instagram”. Da mesma forma a trilha e os efeitos sonoros não desapontam. Dessa vez não temos uma mesma música tocando varias vezes no filme, a variação é maior.

Capitão Howard volta novamente!

O filme gosta de subverter algums elementos estabelecidos anteriormente. Mas não se preocupe pois não é “nível Star Wars VIII”. Essas mudanças são bem feitas e fazem sentido. Os protagonistas são forçados a mudar e o final surpreende.

No geral, posso dizer que esse filme pegou tudo que tinha de bom nos anteriores, conseguiu evoluir e se tornou o melhor dos três.

Existe até mesmo uma cena extra no meio dos créditos. Será que ela pode indicar uma possível continuação? Um spin-off com o pessoal da AMMO, quem sabe?

Trailers

Confira os trailers mais recentes. Dublado:

Legendado:

Cena Extra

A Sony Pictures liberou essa cena inicial do filme para os mais curiosos!

Detalhe: ela até dublada com a dublagem final e, ao contrário do trailer que havia sido lançado há meses atrás, o dublador do Marcus continua sendo o Mauro Ramos.