“Transformers: O Despertar das Feras” é o sétimo filme da franquia Transformers e que está chegando aos cinemas no dia 8 de junho de 2023. A Paramount Pictures nos convidou para a sessão antecipada para imprensa e aqui você poderá conferir nossa crítica!
Sinopse: Em “Transformers: O Despertar das Feras”, o público vai acompanhar uma aventura com os Autobots nos anos 90 e conhecerão uma nova geração de Transformers – os Maximals – que serão aliados na batalha para salvar a Terra. O longa é baseado na temporada “Beast Wars” da animação e apresentará o vilão Unicron, um Decepticon capaz de destruir planetas inteiros.
O filme é dirigido por Steven Caple Jr., com roteiro de Joby Harold, Darnell Metayer, Josh Peters, Erich Hoeber e Jon Hoeber.
Seu enredo é uma continuação do que foi visto em “Bumblebee” (2018), o filme que representou um reboot na franquia. E desta vez somos apresentados aos Maximals, robôs aliados que possuem formatos de animais.
Se em “Bumblebee” nós tivemos a chegada dos dos Autobots no planeta Terra nos anos 80, agora em “O Despertar das Feras”, temos o conflito de outras raças durante os anos 90 e também uma oportunidade de volta a seu planeta de origem, Cybertron.
Logo de início vemos que os Maximals precisaram se refugiar na Terra para se esconder de seus inimigos, os Terrorcons. Eles chegam trazendo junto um artefato que pode teleportar Unicron, um terrível robô gigantesco com o poder de sugar planetas.
Assim, os Maximals ficam de alguma forma escondidos na Terra, até que Noah (Anthony Ramos) e a arqueóloga Elena (Dominique Fishback) descobrem sua existência quando têm um primeiro contato com os Autobots. Além disso, acontecimentos específicos fazem com que os Terrorcons acabem aparecendo.
A dinâmica geral do filme não é muito diferente dos anteriores. De um lado existem os robôs vilões colocando seu plano maligno em prática. E do outro temos um humano comum que forma uma aliança com um Autobot para juntos salvarem o dia. Porém, desta vez, o núcleo militar humano (que é tão comum na franquia) não está presente. Abrindo espaço para a introdução e desenvolvimento dos Maximals.
A trama não tenta ser complexa, não faz os espectador repensar a vida e nem nada do tipo. Ela é simples e funcional, continua os acontecimentos do filme anterior, apresenta novos personagens e não possui furos ou problemas de continuidade. Tudo está na medida certa para proporcionar ação e diversão.
É o típico filme que pode agradar as crianças com uma aventura bastante dinâmica e também divertir os fãs da velha guarda. Temos novos Autobots aparecendo, como o Mirage (que faz as vezes do Bumblebee) e é o parceiro do protagonista Noah. Ele rouba a cena com seu estilo “descolado” e soltando várias gírias que eram moda nos anos 90 (na dublagem são gírias localizadas para o público brasileiro, então prepare-se para ouvir “U-tererê” e coisas do tipo).
Noah e Elena também formam outra dupla interessante. Enquanto ele é o cara que coloca as coisas em prática, ela é a cabeça pensante. Por conta de sua profissão, e competência, é ela quem consegue decifrar pistas e segredos para direcionar Noah e seus amigos Autobots.
A ambientação de época novamente é muito bem feita. Não tem como não sentir que você está vendo aqueles filmes dos anos 90 que passavam na Sessão da Tarde. E vai muito além de apenas tocar músicas dessa década, já que do começo ao fim temos uma chuva de referências. Roupas de época, penteados cheios, carros quadrados com a lateral de madeira, pessoas pela cidade de maleta, relógio e jornal na mão, as Torres Gêmeas de pé. E várias citações da cultura pop como Sonic, Tails, Power Rangers, Gameboy, Mario. Tudo o que com certeza vai alegrar os fãs mais velhos de Transformers através de um sentimento fresquinho de nostalgia.
Os efeitos especiais continuam sendo um grande show a parte. Se nos primeiros filmes da franquia nós tivemos problemas com cenas de ação muito poluídas e com excesso de zoom (dificultando o seu entendimento), com o passar de cada novo filme isso foi melhorando muito. Lembro que eu gostei bastante dos combates em “Bumblebee” e em “O Despertar das Feras” posso dizer que a boa qualidade se manteve.
Os Maximals são muito bem modelados e animados, passando uma boa sensação de animais de metal vivos. E a batalha final, que embora se passe num enorme cenário em CG, não deve nada em qualidade ao restante do filme. Além disso, existem cenas que se passam no Peru, onde a fotografia é muito bem feita e temos uma boa mudança de ares, onde pode-se observar melhor os detalhes de cada Autobot e Maximal.
Sobre a dublagem, ela está muito boa. Temos o retorno de vozes super conhecidas como Guilherme Briggs mais uma vez na pele (ou na lata) do Optimus Prime. E o Mirage tem a voz de Douglas Silva, ator que está estreando na dublagem. No entanto, por ser seu primeiro trabalho no ramo, algumas vezes que ele acerta o tom das falas e em outras ele acaba exagerando um pouco. Mas não chega a incomodar no geral.
Após “Bumblebee” ter rebootado a franquia, nós tivemos agora um filme que é a primeira parte de uma nova trilogia. E os momentos finais do filme podem indicar coisa boa vindo por aí. Então, quando você for ao cinema, não deixe de ver a cena extra no início dos créditos (depois disso, você pode ir embora pois não há cena no final dos créditos).
Embora “O Despertar das Feras” não seja tão inovador em seu roteiro, ele entrega os novos personagens, é divertido e mantém o público entretido na ação. Existe um humor leve e descontraído para atrair um público jovem, referências antigas para agradar os mais velhos, então fica claro que se trata de um longa que tenta agradar a todos de alguma forma.
Torço para que as continuações não demorem cinco anos para sair, pois o futuro parece promissor!
ANÁLISE
[Filme] Crítica – Transformers: O Despertar das Feras
Mesmo com um roteiro simples, "O Despertar das Feras" apresenta novos robôs, os Maximals, novos protagonistas (Noah e Elena) e prepara a franquia para um futuro grandioso.
PRÓS
- Ótimos visuais e cenas de ação
- Capricada ambientação nos anos 90
- Dá vontade de comprar todos os brinquedos dos robôs
CONTRAS
- O roteiro, embora seja funcional e simples, pode desagradar algumas pessoas mais exigentes