No dia 8 de junho foi lançado para Nintendo Switch e PC o jogo Bleak Sword DX. Ele foi desenvolvido pela more8bit e publicado pela Devolver Digital.
Bleak Sword DX é um jogo de ação e fantasia sombria com fortes inspirações nos estlios roguelite e soulslike. Tudo se passa em pequenos campos de batalha no formato de dioramas repletos de uma grande variedade de inimigos e também algumas armadilhas.
A versão DX atualiza o jogo originalmente lançado para Apple Arcade, trazendo novos modos de jogo, melhorias na jogabilidade e nos gráficos.
O enredo é sobre um príncipe que está enfeitiçado pelo poder da espada Bleak. Ele assassina seu pai, o Rei, e inicia um reinado de terror que dura duzentos anos. Você joga com um guerreiro escolhido que tem uma visão sobre três pedras mágicas que podem destruir a espada amaldiçoada.
A campanha é composta de doze capítulos e cada um possui uma grande quantidade de pequenas fases. Embora algumas delas ofereçam algumas surpresas e mudanças no gameplay, no geral você apenas irá iniciar e enfrentar alguns inimigos numa determinada ordem, que podem aparecer sozinhos ou não. De vez em quando, surge um chefe maior e mais forte para apimentar as coisas.
A jogabilidade é simples e fácil de entender. O herói possui apenas uma espada, um escudo e eventuais itens coletados no final das fases. Você pode se mover, bater, esquivar, defender ou usar o parry para defletir ataques, abrindo a guarda do inimigo. Há um golpe mais forte que é ativado ao segurar o botão de ataque por alguns segundos, mas ele acaba não sendo tão útil quando muitos inimigos aparecem ao mesmo tempo.
O principal e mais complexo do combate é a barra de stamina. Ela é usada pra tudo que você executa e se recupera quando o personagem fica parado ou apenas andando. O maior problema é que ela sempre gasta muito rápido, o que limita muito o que se pode fazer contra hordas de inimigos. E isso força o jogador a estar sempre “batendo e correndo”, ou procurando uma forma de enfileirar os inimigos para abater um de cada vez.
E falando em inimigos, eles são vem variados em questão de força, velocidade, movimentação e até mesmo suas táticas. Alguns precisam se aproximar muito para atacar, outros tem longo alcance, há os que correm ou pulam e tem até os que se escondem ou que não podem sair do lugar. Em algumas fases eles podem até mesmo aparecer atirando de longe, em áreas que o jogador não pode acessar, criando assim novas dinâmicas de combate.
Na progressão das fases, o jogador coleta pontos de experiência que rendem níveis e a cada novo nível ele pode melhorar seus atributos de força, vida ou resistência (sempre podendo apenas optar entre dois deles). No término das fases também se consegue aleatóriamente um item de defesa fixo, ou um de cura ou um de efeito temporário.
Se aquele que estiver jogando for muito habilidoso, ele vai seguir bem até o final. Porém, o jogador uma hora ou outra vai morrer. Até mesmo porque os pontos de vida não são recuperados no começo das fases.
E quando o jogador morre, ele perde os itens e os pontos acumulados que ainda não foram usados para chegar ao próximo nível. Quando isso acontece, ele vai para a tela de seleção de fases e tem apenas uma chance de voltar para a fase onde morreu e tentar concluí-la para recuperar o que perdeu, mesmo estando “pelado”. Se morrer de novo, adeus pontos! Por isso é muito improvável que se faça uma run perfeita de primeira.
Uma saída é voltar a algumas fases anteriores (mais fáceis) para acumular pontos, ganhar níveis (que são fixos) para ficar mais forte e encarar os desafios com mais facilidade. Porém, quando se entra numa fase já concluída você é obrigado a passar as próximas sempre na sequência. Não sendo possível ficar acumulando pontos em apenas uma fase.
Embora não seja perfeita, a jogabilidade é funcional, o que torna o jogo divertido e desafiador. É ideal para se jogar quando se tem pouco tempo disponível. Se o jogador for habilidoso e aprender bem o padrão de cada inimigo, ele vai avançar mais rápido.
O estilo gráfico quase monocromático é bastante simples, tendo menos detalhes do que um jogo 8-bits e isso pode não agradar a todos. No entanto, os efeitos sonoros são bem realistas e ambientam muito bem a campanha.
Sendo assim, indico esse jogo para quem quer um bom desafio e não se preocupa tanto com gráficos modernos e complexos.
A Devolver nos enviou uma cópia do jogo para esta review. Versão Nintendo Switch.
ANÁLISE
Bleak Sword DX
Com gráficos simples e ótima ambientação sonora, Bleak Sword DX é um jogo de ação que oferece bastante desafio e é ideal para jogatinas curtas.
PRÓS
- Fácil de pegar e jogar
- Ambientação sonora muito boa
- O impacto dos golpes é bem satisfatório
- Está localizado em português brasileiro
CONTRAS
- A grande quantidade de perda de stamina atrapalha bastante os combates
- Os gráficos simplistas podem desagradar alguns jogadores