O primeiro Destiny bombou em seu lançamento, mas logo perdeu o fôlego. Com grinding cansativo e falta de profundidade no enredo, o primeiro game foi empanturrado de conteúdo adicional para continuar vivo e respirando.
O que deveria ter sido entregue no começo da experiência veio picotado, e isso fez muitos jogadores perderem o interesse na experiência.
Não vivenciei muito o primeiro Destiny e sei que a fanbase dele é enorme, mas o segundo título já me foi muito mais atrativo, desde sua bela e instigante introdução no Beta.
Impeça a legião vermelha
Destiny 2 veio mostrando um foco maior no enredo. O game já começa com a legião vermelha destruindo o Viajante, e roubando a luz do mundo. Começa um tempo de decadência e extermínio dos guardiões que eram responsáveis por defender a terra com o poder da luz.
O terror é instaurado por Ghaul, vilão que impõe medo e respeito. Logo no começo, ele já te coloca no seu lugar, te humilhando e tirando seus poderes. Precisamos lutar do zero, recuperando nossa luz, viajando planetas e organizando um contra-ataque antes que seja de fato tarde.
Guardiões renascidos
As classes de personagem continuam sendo Titã, Arcano, e Caçador.
A customização de personagem possui uma variedade razoável de opções que nos permite escolher a raça e modificar a aparência do rosto do nosso guardião. Todo o resto é equipamento com variedades visuais, que serão encontrados aos montes durante o game.
Cada classe de guardião ainda possui 2 subclasses para desbloquear, incentivando o fortalecimento e experimento de novas estratégias. Algumas subclasses parecem claramente mais fortes que outras, mas isso pode depender do seu estilo de jogo e se você está jogando Coop ou Pvp.
Como me adaptei bem à caçadora, continuei com a subclasse principal dela, Acrobata Voltaica, até o fim. As outras não me foram tão úteis quanto essa.
Começa quando termina
Apesar de possuir um enredo mais consistente, a história de Destiny 2 ainda é muito curta. Apenas um pano de chão para o jogador se familiarizar com o personagem, evoluir até o nível máximo (20 atualmente) e ir para o que realmente interessa no game.
De certa forma isso é até compreensível, visto que o shooter da Bungie tem uma estrutura voltada para o MMORPG.
Ao longo da campanha, visitamos planetas sequenciais e encontramos um NPC principal da história em cada planeta. Realizamos uma ou duas missões principais naquele mundo, trazemos o NPC para a resistência contra a Legião vermelha e viajamos para o próximo planeta.
A campanha offline é interessante, porém, curta
O sistema de história é esse até o fim, intercalado com cutscenes muito bem produzidas para seguir o enredo.
O game é cuidadoso em determinar um nível e poder mínimos para cada missão da história, te forçando a se fortalecer, explorando cada mundo desbloqueado, participando dos eventos dali e percebendo que o NPC principal de cada mundo te dará recompensas conforme você ganha respeito entregando moedas de facção desse mundo para ele.
Mesmo assim, sabendo aproveitar as primeiras horas você ficará forte o suficiente para praticamente concluir a campanha principal sem parar para ficar “upando”. Depois é só estar forte o suficiente para terminar, evitando o grinding cansativo.
Moedas de facção representam seu nível de respeito em cada mundo
Feito isso, o jogo realmente começa. Você pode pegar as recompensas lendárias de cada planeta, realizar incursões e assaltos em equipe, e desvendar a porção mais desafiadora do game.
Com a busca pelo melhor equipamento, incentivo aos eventos, sistema de clãs, missões guiadas e atividades exclusivas, Destiny 2 possui muito conteúdo para você se manter ainda mais interessado depois da breve campanha.
Lembrando que tudo no game pode ser feito junto à outros jogadores, e é muito mais divertido assim.
O PvP de sempre
E se Destiny 2 é bem melhor quando acompanhado, claro que existe um competitivo dedicado para o game.
O Crisol oferece diversas modalidades de jogo, ranqueadas ou não, para trocarmos uns tiros da mesma forma em que fazemos quando competimos em outro FPS.
É bem divertido juntar seu clã ou amigos para essas partidas, mesmo sendo os modos já conhecidos de todos os shooters (mata-mata, captura de pontos, etc).
Jogando sozinho senti uma experiência genérica no Crisol, com partidas atrás de partidas apenas por moedas de reputação da categoria, e recompensas praticamente idênticas ao que temos no universo cooperativo do game.
Partidas ranqueadas também são algo muito melhor aproveitadas com equipes fechadas.
Trilha Divina
Se tem algo que não pode passar batido são elogios à trilha sonora de Destiny 2.
Orquestrada e também eletrônica, cada composição foi criada para encaixar cuidadosamente à atmosfera de cada planeta e situação pela qual você passa.
É indescritível a sensação de estar observando a imensidão linda das paisagens, e a trilha te mergulhar ainda mais no universo, principalmente nos primeiros momentos do game.
Afinal, a primeira impressão é a que fica, certo?
Não se preocupe com o primeiro
Como um jogador que deixou a experiência do primeiro Destiny de lado, estou bem satisfeito com o segundo.
Não tive problemas para entender a história, o conteúdo me prendeu bastante, e o segundo jogo é completamente descompromissado com seu antecessor.
Apesar da história sequencial, você fica situado facilmente no universo, e está pronto para sair explorando a segunda edição da franquia sem problema algum.
O grinding não é mais repetitivo e enjoativo, e não há limites para o que mais você pode encontrar de novidade assim que pensar que já está mais forte que todos.
A dublagem em PT-BR está sensacional, os personagens são vivos e carismáticos, e ainda tem muito conteúdo adicional por vir. Confira no vídeo abaixo:
De qualquer forma, a experiência de Destiny 2 é mais completa, variada e bonita que de seu antecessor, e a curta história não tira o brilho da mesma.
Agora só resta saber se a expansão de conteúdo irá de fato expandir esse universo com maiores vislumbres da história, e até lá continuaremos explorando!
- Recebemos o jogo da Activision para teste. Versão PS4, testado no PS4 padrão