Just Dance é aquela franquia de jogos que possui total permissão para ser lançada anualmente.
A lista de novas músicas sempre anima os fãs e garante muitas e muitas horas de diversão. Principalmente a quem quer aprender todas as coreografias e desbloquear tudo o que for possível.
Just Dance 2021 já está disponível desde o mês passado para todos consoles do mercado: Nintendo Switch, PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series X|S.
São 40 novas músicas, sem contar as versões alternativas que são desbloqueadas ao poucos, conforme se joga. Recebi da Ubisoft a versão para Nintendo Switch e testei por cerca de 20 dias.
Além do jogo em si, todas as cópias vêm com 30 dias gratuitos do serviço por streaming Just Dance Unlimited, adicionando ao jogo mais 600 músicas das edições anteriores. É diversão infinita.
A seleção das novas músicas continua ótima, trazendo estilos bem variados. Temos pop, eletrônico, latino, K-pop, nostálgicas, infantis, trilhas de filmes e músicas originarias dos virais de internet.
Falando em K-pop, esse estilo tem aparecido cada vez mais em Just Dance. Desta vez temos NCT 127, Blackpink e Twice. No Unlimited até mesmo uma música do K/DA foi adicionada, disponibilizada temporariamente para todos os jogadores e sendo umas das mais difíceis.
Na verdade, eu não sei exatamente qual música de K-pop tem a coreografia mais difícil, Drum Go Drum do K/DA ou a versão Extrema de Fell Special do Twice.
A versão comum de Feel Special é fácil, mas a extrema é bem complexa. Ela foi elogiada pelos fãs de Twice por ter passos muito fiéis aos originais do videoclipe.
São basicamente três modos de jogo. O Kids retorna trazendo coreografias simples e músicas atrativas para as crianças. Através desse modo, elas vão pegando o jeito e se preparando para músicas mais complexas.
O modo Just Dance, que é o principal, mostra as músicas disponíveis, sendo do próprio jogo ou do serviço Unlimited. É onde temos uma página “Home” com notícias e novidades, onde criamos os avvatares e também onde ficam as playlists criadas pelo jogador ou pela própria Ubisoft.
E por último, há o Quickplay, em que o jogador vai direto para uma música escolhida aleatoriamente. Não se trata de um modo muito criativo, a impressão é que ele foi colocado na tela inicial do jogo apenas para preencher espaço.
O modo Sweat continua funcionando como nos jogos mais recentes, ele é ativado no menu do modo principal e conta, além dos pontos, as calorias que o jogador perdeu em cada música jogada. Ele também mostra quanto tempo está durando a sessão, para que o jogador possa controlar quanto tempo de “exercícios” ele fez.
É uma pena que a Ubisoft nunca mais fez um Modo Sweat como o que existe em Just Dance 4. Lá existem coreografias e músicas próprias feitas por estrutores exclusivos, variando o estilo entre aeróbica, alongamento, etc. Era bem completo.
Por algum motivo a versão de Switch não permite tirar prints deste jogo!
O menu do modo principal repete o estilo dos dois jogos anteriores. Ele parece tentar imitar um menu de serviço de streaming e apresenta as músicas em cards quadrados. É possível reorganizar as músicas de várias formas: ordem alfabética, dificuldade, não jogadas, etc…
Infelizmente, existe algo que me incomoda neste menu. Sempre que paro o cursor numa música, rapidamente surge uma aba que tampa a visão das músicas que estão abaixo da “escolhida”.
Quando estou procurando uma específica, eu preciso ficar movendo o cursor para esquerda ou direita numa certa fileira, para que a aba abra e tampe minha visão. Como esse estilo de menu já foi usado muitas vezes, acredito que no próximo ano a Ubisoft irá renová-lo (tomara).
Nos anos anteriores eu testei os jogos no PlayStation 4, mas, desta vez foi no Nintendo Switch. Nunca imaginei que a portabilidade do console fosse dar uma graça totalmente nova.
Consigo jogar em qualquer canto da casa, principalmente as músicas que já sei bastante da coreografia. Ainda assim, não é difícil de olhar para a tela do Switch. O som dele é bem alto, facilitando as partidas.
Jogue na sala, na copa, na pia da cozinha! Só não aconselho a jogar lavando louça…
Dessa vez, infelizmente não temos nenhuma música brasileira. O que aconteceu com nossos cantores? Um funkzinho, uma sofrência, um pagode dos anos 90… Cadê, Ubisoft? Um dia quero jogar “Cheio de Manias” no Just Dance!
Os avatares continuam presentes e são bem variados. Cada jogador pode criar o seu, personalizando também uma imagem de fundo e uma frase como subtítulo. Conforme se joga, mais e mais variantes são bloqueadas.
O modo online permaneceu o mesmo dos jogos anteriores. Você se reúne com várias pessoas ao redor do mundo e todos disputam a maior pontuação em certa música. No menu do modo principal, enquanto você seleciona as músicas, pode saber em cada uma delas, qual jogador fez a maior pontuação mundial.
A máquina de presentes mais rápida do oeste!
A cada música jogada o jogador ganha moedas de Mojo, que são usadas na máquina de presentes aleatórios. Completar algumas missões diárias também garantem mais moedas.
Felizmente, a máquina não entrega coisas repetidas e está com uma animação muito mais rápida para revelar o que foi desbloqueado (basta apertar o botão para avançar).
Sobre as coreografias das novas músicas, vi comentários bem variantes na internet. Algumas pessoas diziam que elas voltaram a ficar mais complexas, que a franquia estava facilitando demais os passos nos anos recentes, mas agora em JD 2021 voltou a ser como antes. Porém, também vi pessoas dizendo que os passos mantiveram a qualidade de sempre.
Na minha opinião, os primeiros jogos da franquia tinham coreografias bem simples e após umas 3 edições elas ficaram um pouco mais complicadas, mas nada impossível. Em seguida, durante uns 4 ou 5 jogos, notei que algumas vinham cheias de pegadinhas.
Você fazia um passo e, seguindo o ritmo e a lógica, considerava que o próximo passo seria para um certo lado ou com uma certa mão, mas o coach fazia o inverso. Eu realmente não curtia quando acontecia. Já nas músicas do JD 2021 não senti isso acontecer. Os passos parecem ter mais lógica e estão mais amigáveis.
O design dos coachs (treinadores ou guias) continuam bem criativos. Aquela moda de ficar exagerando nos zooms passou e eles ficam mais centralizados, como nos bons e velhos tempos. Da mesma forma os cenários têm efeitos bem bacanas e combinam bem com o tema de cada música.
A combinação dos coachs com os cenários é boa e funciona bem. Apesar de muitas cores estarem sempre aparecendo, você nunca perde o foco do coach e dá para sacar bem os passos.
Vale a pena? Apenas vale!
Just Dance 2021, embora não tenha inovado muito, ainda tem bastante conteúdo para agradar seus fãs e também novos jogadores. O modo Unlimited traz um complemento gigantesco, fazendo deste jogo, o melhor para se jogar em festas.
Em ano de pandemia como esse que estamos, as pessoas estão se vendo menos e as festas reduziram bastante. Nesse caso, Just Dance 2021 continua sendo uma boa pedida para os jogadores que estão há muito tempo sem sair de casa e precisam se movimentar mais, perder um quilinhos, etc.
NOTA: 7/10
O melhor: Poder controlar com os Joycons ou com o app para smatphone.
O pior: Faltou um novo modo criativo ou a volta de algum clássico como o Dance Battle ou o Just Sweat do Just Dance 4 (que tinha treinos e músicas exclusivas).
Proibidão: O Nintendo Switch não me deixa tirar print do jogo! Tanto na Dock como no modo portátil.
- A Ubisoft nos forneceu uma cópia digital do jogo para esta análise, testado no Nintendo Switch.
The Experience
Voltando a falar sobre K-Pop, estava me lembrando que há uns 10 anos, a Ubisoft tinha o spin-off de Just Dance conhecido como The Experience.
Tivemos versão só de Hip-Hop, do Abba, Michael Jackson, etc. Na época, até fiz uma versão fake do Wando, o que fez com que a Ubisoft me premiasse com um jogo!
Fonte: gameLib
Enfim, com o grande crescimento do K-pop pelo mundo, me pergunto se não passa pela mente dos produtores da Ubisoft a criação de um K-pop: The Experience. Certeza que um jogo cheio de músicas do BTS, Blackpink, Twice e Itzy, iria bombar muito no mundo todo.
Ainda poderia trazer alguns grupos mais antigos para agradar aos kpoppers mais velhos como Girl’s Generation, T-Ara, Kara, Sistar, Super Junior, Apink, Orange Caramel, Crayon Pop, Seo Taiji and the Boys, e muitos outros.
Vamos lá, Ubi, faz um K-Pop: The Experience aí para nós! Nunca te pedi nada…