[Game] Análise – Just Dance 2025

Just Dance 2025 já está disponível desde o dia 16 de outubro de 2024 para Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Agradecemos a Ubisoft que nos enviou uma cópia deste jogo para essa análise, versão para Switch.

Se tem algo que define bem a franquia Just Dance é sua consistência. Desde a forma como ele é apresentada anualmente como no quesito de sua qualidade. E na edição 2025 não foi diferente!

Ela traz 40 novas músicas (ou mapas), ligeiras mudanças e um menu idêntico às versões anteriores. Mas isso tem um motivo. Desde 2023, Just Dance se tornou um jogo como serviço que concentra em apenas um lugar três de suas edições ao mesmo tempo. Assim, os jogadores tem acesso a novos conteúdos todos os meses ou com a grande atualização anual.

Algo que chama atenção logo de cara é que o jogo não possui o modo história que acompanhou as duas edições anteriores. Não sei o motivo disso, mas aparentemente os esforços foram em trazer coreografias de boa qualidade, justamente agora que a franquia comemora 15 anos.

Além de uma seleção de músicas muito boa e variada, muitas delas possuem seleção de dificuldade. Aquelas que tem mais de um coach tem um nível de complexidade para cada um. Com isso, os jogadores novatos têm mais chances de se divertir desde o início, e um incentivo para ir progredindo aos poucos.

Nessa edição, a Ubisoft trouxe cinco músicas da Adriana Grande e isso foi possível através de uma parceria com a cantora. Então, os fãs dela devem estar bem felizes com a novidade.

Como é de praxe, os jogadores de JD 2025 podem jogar on-line (com as músicas novas) até mesmo com quem possui somente as duas versões anteriores.

O serviço Just Dance+ continua disponível, oferecendo uma boa quantidade de músicas dos jogos anteriores (350 no total) e com várias opções de assinatura: um, três ou doze meses. As versões mais caras de JD 2025 incluem 1 mês gratuito de teste, algo que já é costume na franquia. Fora isso, é possível comprar pacotes de música, contendo seis em cada. E eles não precisam de assinatura para serem jogados.

Como disse antes, o menu segue o estilo dos dois jogos anteriores. Ele é bastante intuitivo e funcional. Lembra muito uma tela do Netflix ou outro serviço de streaming e tem várias opções de organização de música como versão de jogo, ordem alfabética, ano de lançamento, gênero, acessibilidade, entre outras. Há também um botão de “Surpreenda-me!” onde o jogo sugere uma música para os indecisos.

Um detalhe bacana é que as músicas que o jogador não possui (dos jogos anteriores, dos pacotes extras ou do Just Dance+) não tem tanto destaque na tela do menu principal. Todas elas são posicionadas abaixo das músicas do Just Dance atual. Assim, acaba sendo algo bem menos intrusivo do que era nos jogos mais antigos.

O jogador pode criar suas próprias playlists com suas músicas favoritas ou utilizar as que já vem prontas. Tem algumas geradas especialmente para o perfil do jogador, as mais jogadas on-line ou localmente, a lista da Ariana Grande, as mais difíceis… É só escolher e jogar!

Como Just Dance agora é um serviço que recebe apenas atualizações, ele mantém a pontuação, o nível do perfil do jogador e todos os itens desbloqueados também continuam disponíveis. Essa é mais uma maneira encontrada pela Ubisoft para manter a fidelidade dos fãs dessa franquia.

Just Dance pode ser um jogo que ocupa pouco espaço nos consoles, pois todas as músicas passam na tela na forma de streaming. Ainda é possível baixá-las, mas existem somente 40 slots para armazenamento. Quem possui os últimos 3 Just Dances tem 120 músicas compradas, mas obviamente não pode armazenar todas. Quando o jogo está conectado na internet, isso não é problema. Mas, caso o jogador queira levar o console num lugar sem conexão, ele só terá acesso ao que baixou.

A necessidade de internet também traz alguns problemas. Caso a conexão não esteja muito boa, a experiência no geral é afetada. Os menus ficam lentos ao carregar a prévia das músicas. E mesmo durante as danças, o vídeo pode travar algumas vezes, quebrando o ritmo e a imersão. Se a Ubisoft aumentasse os slots para download, esse problema com certeza seria amenizado.

O modo Treino continua presente. Com ele é possível saber quantas calorias o jogador teoricamente perdeu a cada música jogada. Ele registra também as músicas jogadas e o tempo. Como muita gente usa JD como uma atividade fitness, esse modo acaba servindo como um grande incentivo.

Nesse edição de JD existem mais músicas que não movimentam as pernas. Isso mostra uma preocupação maior em incluir jogadores PCDs. É algo que a franquia tem melhorado cada vez mais nos últimos anos.

Eu, capopeiro que sou, sempre comento em minhas reviews sobre a ala k-pop de Just Dance. Sobre as edições anteriores, eu comentei que Just Dance sempre estava atrasado com relação aos sucessos da música popular sul-coreana. E torcia para que os jogos tivessem mais novidades do mesmo ano em que fossem lançados.

Infelizmente, em JD 2025 tivemos um banho de água fria… Somente uma música, dividida em 2 mapas, foi adicionada: Pink Venom, do Blackpink. E ela nem é um lançamento, é de 2022. Enquanto isso, grupos de sucesso atuais continuam fora do jogo. como Fifty-Fifty, STAYC, IVE, etc… O sonho de um Just Dance só com sucessos do k-pop fica cada vez mais distante (e impossível?).

Não encontrei nos tutoriais do jogo informações sobre o controle de câmera, embora ele esteja disponível para todas as músicas do JD 2025, incluindo a versão de Nintendo Switch. Depois eu vi na tela de seleção que para habilitar é preciso usar o celular como controle.

Eu nunca fui muito fã de jogar Just Dance dessa forma, na época do Kinect minha experiência não foi muito boa, principalmente ao jogar em grupo. E o novo modo câmera não pareceu para mim nem pior e nem melhor.

O preço ainda é uma questão que pode afastar os jogadores casuais. Eles são bastante elevados, principalmente não edições com mais conteúdo. E quem quer ter acesso a tudo ainda precisa assinar o Just Dance+.

Fazendo as contas, fica um valor bem elevado a ser gasto durante um ano. E nesse quesito, acho que a Ubisoft poderia tentar criar uma forma financeiramente mais acessível aos jogadores. Já que é possível também tirar lucro das DLCs que são criadas nos meses seguintes ao lançamento.

A Ubisoft lançou recentemente uma música com a temática de TDAH para JD 2025. Você pode clicar aqui para saber mais sobre isso.

A lista completa das músicas disponíveis está aqui nessa notícia.

Conclusão

Just Dance 2025 mantém da diversão da franquia. Está mais fraco em relação ao k-pop e não possui o modo história (que para mim não fez muita falta). Porém, tem uma boa escolha de músicas, trouxe níveis de dificuldade para atrair novos jogadores. E aquelas intros demoradas no início das músicas foram encurtadas (mas não todas).

O que pode afastar o público geral é o preço meio salgado. Mas tenho certeza que os fãs da franquia estão jogando desde o dia do lançamento.