Em outubro de 2020 publicamos aqui uma análise sobre o remaster “Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning” lançado para Windows PC, PS4 e Xbox One. Você pode conferi-la clicando neste link.
Aqui comentarei sobre a versão para Nintendo Switch que saiu apenas em março de 2021. Como se trata basicamente do mesmo jogo, focarei apenas nas diferenças deste port.
A demora para o lançamento desta versão foi para adequar o jogo ao hardware do Nintendo Switch, como normalmente acontece em títulos multiplataformas. A comparação será feita entre Switch e PS4 (PRO).
Visualmente, essa versão se parece muito com as demais. Em fotos paradas é até difícil reconhecer qual pertence ao Switch. As cutscenes iniciais rodam bem e o mais notável é que a imagem no geral é um pouco mais clara.
No modo dock o jogo roda em 1080p e no modo portátil em 720p, por conta da resolução da tela.
Apesar das letras pequenas, não é difícil de enxergar no modo portátil
Essa versão foi projetada para rodar a 30fps, diferente das outras que rodam a 60. Em grande parte do tempo o framerate é constante, porém, quando muitos elementos na tela surgem simultaneamente, ou quando alguma magia utiliza muitos efeitos de partículas, ocorre muita lentidão.
Essas quedas de frames ocorrem muito mais no modo portátil, ainda que nesse modo o v-sync fique permanentemente desabilitado.
Não dá para ter certeza sobre quem é o real culpado por essas lentidões.
Seria o hardware ou a programação? Lembrando que se trata de um jogo remasterizado da geração PS3/X360. E provavelmente o Switch rodaria melhor, assim como ele faz com outros títulos da época, como Bayonetta.
As magias continuam belas e com efeitos de partículas
Os efeitos de iluminação nos cenários continuam presentes. As sombras de objetos, como as árvores, têm um pouco menos de definição e se movimentam com framerate menor. No entanto, é um downgrade que não é tão perceptível, a menos que a pessoa esteja comparando duas versões do jogo lado a lado.
Algo que continua presente, mas ocorre em menor número são efeitos de ambiente, como poeira caindo do teto de cavernas, sendo também algo difícil de se notar.
Por mais que o jogo tenha framerate inferior, ainda se trata de um RPG de ação que agora pode ser jogado na palma da mão.
No PS4 ele ocupa 30gbs de espaço e no Switch apenas 12gb. Curiosamente, essa compressão maior nos arquivos não afetaram muito na qualidade de texturas, sons ou modelos dos personagens. E os loadings também são bem mais rápidos, chegando a durar até 50% menos em alguns casos.
Confira essas imagens de comparação:
Para quem estava acostumado com outras versões, no Switch dois botões foram trocados de lugar, o de confirmação e o de rolagem. Para jogadores iniciantes, isso pode não ser um problema.
Re-Reckoning não parece ser um port tão bem trabalhado como The Witcher 3 foi, porém, é uma boa opção de RPG de ação. Na eShop brasileira ele está custando R$110,00. Um preço até que justo, comparado com outros lançamentos.
A história é interessante, a campanha tem um bom tempo de duração e as armas e poderes garantem uma boa variação de gameplay.
Assim, o investimento é bem válido para quem não tem outro console disponível.
Re-Reckoning é um RPG de ação e fantasia medieval, com um vasto mundo (de Amalur) para ser explorado e uma lore bastante complexa. No time original de produção tivemos R.A. Salvatore, Todd McFarlane (criador do Spawn) e até mesmo Ken Rolston, o designer principal de Elder Scrolls IV – Oblivion.
Assim, não é de espantar ninguém que o jogo tenha um mundo aberto tão detalhado e cheio de locais e NPCs interessantes. Inicialmente havia planos para que ele fosse um MMO, então toda a sua construção lembra um RPG online, embora seja uma aventura totalmente para um jogador.
Infelizmente, o jogo não possui tradução em pt-br, o que pode limitar um pouco o público que aproveitará toda a lore deste universo tão rico. De qualquer forma, apesar dos problemas é um ótimo “MMO offline”.
Após o lançamento, aguardei por algumas semanas a liberação de um possível patch de correção focado em melhorar o framerate. No entanto, até agora nada foi liberado pela produtora.
Lembre-se de ler nossa análise completa do jogo clicando aqui.
Nota: 6.5/10
O melhor: RPG de ação na palma da mão
O pior: Lentidão na palma da mão
- A THQ nos enviou uma cópia digital do jogo para esta análise