Nintendistas que ainda vivem na era do console war dos 16-bits adoram dizer que a Sega está na pior, que vai falir em breve, etc.
No entanto, a empresa constantemente tem participado de exposições, exibindo suas novidades no departamento de Arcades, e não são poucos! Let’s Go Island é um desses jogos que provam que a empresa não perdeu a mão nesse ramo.
Lançado em 2011, Let’s Go Island é a continuação do jogo Let’s Go Jungle. Trata-se de um shooter on-rail frenético, em que você deve ajudar duas pessoas a escaparem de uma ilha que está infestada de animais modificados geneticamente.
O primeiro game foi um grande hit nos países que ainda têm um mercado de Arcades forte, o que garantiu uma sequência. Em Let’s Go Jungle, uma ONG de nome Green Leaves descobre um fungo que pode acelerar o processo de restauração do meio ambiente. A partir disso, eles criam um soro químico e passam a usá-lo para restaurar a fauna e a flora de uma selva que foi devastada pela guerra, em algum lugar da Ásia.
Infelizmente, o soro tem um efeito colateral: ele acelera o crescimento das plantas e animais, fazendo com que eles cresçam além do tamanho natural e se tornem perigosos para os seres humanos.
Em Let’s Go Island, o mesmo soro acaba afetando uma ilha paradisíaca. A turista Beth e o guia de turismo, Zack, devem fazer de tudo para escapar da ilha com vida.
Existem várias fases e você pode escolher vários caminhos para seguir, deixando as coisas menos lineares.
São várias versões da máquina. Existe a 3D, a versão com bancos móveis, a com banco comum, e a compacta onde se joga em pé. Os controles são manches estilo “metralhadoras montadas” e há um botão para ativar a regeneração de vida.
As fases não são muito longas, mas as hordas de inimigos que aparecem na tela são bem numerosas, desde o começo. E os inimigos são bem rápidos, você tem que prestar bastante atenção para matá-los, antes que eles te causem dano e você perca seu crédito em poucos minutos de jogo.
Existem algumas animações durante as fases, lembrando The House of the Dead, também da Sega. Em alguns momentos, rolam alguns QTEs e outros minigames. Caso esteja jogando em duas pessoas, esses momentos servem para encher a “barra de recuperação de vida” e também para calcular o nível de “sincronia” do casal. Ao terminar o game, ou perder todos os créditos, você pode ver como anda a sua química com seu parceiro.
Os chefes têm, cada um, uma forma de enfrentar e um método para descobrir seu ponto fraco. Não é fácil se manter vivo nessas batalhas, que exigem reflexos e dedos rápidos para atirar nos alvos.
Graficamente, Let’s Go Island não é um primor tecnológico, tendo uma qualidade que fica entre o que é visto num Xbox 360 e um Wii. Mesmo assim, eles funcionam bem para a proposta do jogo. As cores são fortes, bem variadas e os inimigos bem estilizados. Os cenários têm um design bem variado, o que contribui para a jogabilidade das fases. O frame rate é fixo em 60fps e aparenta rodar em 1080p.
Vale a pena jogar o jogo para conhecer. O jogo tem personagens que parecem vindos do The Sims, fazendo caras e caretas. Existe um certo humor sádico durante as fases, a cara “alegre” da máquina engana, pois o jogo não é nada infantil. Na verdade, é bem difícil terminá-lo com apenas um crédito.
Testei a versão que possui o banco fixo e ficar sentado é bem confortável. Jogar de dupla é realmente mais interessante, principalmente na hora de enfrentar os chefes. Infelizmente, não fui muito além da primeira e da segunda fase.
Onde encontrar
Há uma máquina de Let’s Go Island no PlayLand do Shopping Eldorado, em São Paulo-SP. O crédito não é muito barato (cerca de R$2,30), mas, vale a pena conhecer o jogo. Essa é uma das poucas máquinas novas existentes no local, a maioria são clássicos antigos como Cruis’n World e USA. Quando joguei, havia uma promoção que você carregava uma quantia no seu cartão e os créditos dobravam. Até que valeu a pena passar uma tarde lá jogando alguns jogos antigos.
É uma pena que não existam conversões de Let’s Go Jungle e Island para os consoles de mesa. Ele funcionaria muito bem com o Wiimote ou com o PlayStation Move.
NOTA: 8.0