Durante o evento Anime Friends 2014, a SAGA apresentou vários projetos de jogos indies que foram desenvolvidos por seus alunos no período de 30 dias. Em versão de teste, eles estavam disponíveis para jogar.
O estande da SAGA também tinha vários jogos comerciais para jogar como Mario Kart 8 e Watch Dogs. Porém, a grande surpresa foram os jogos feitos pelos seus alunos. Muitas pessoas puderam testar esses jogos e os criadores aproveitaram para ouvir opiniões, críticas e dicas sobre seus jogos e como melhorá-los.
Testei 3 desses jogos e você pode saber um pouco mais abaixo:
Cyberpunk X-01
O jogo Cyberpunk X-01 é um jogo de plataforma com mecânica side-scroller.
O game é ambientado em um mundo Cyberpunk em que a tecnologia avançada se mistura em todas as classes sociais. Nesse universo fictício, uma empresa robótica controla a tecnologia de inserção de chips em humanos e manipula a maioria das pessoas da cidade.
Em contrapartida, uma série de movimentos sociais prós e contras essa tecnologia acabam surgindo, e cabe à empresa contratar mercenários para manter seu império.
Algumas referências foram utilizadas na construção do jogo: o filme Blade Runner, por conta do submundo cyberpunk, e a série Matrix por conta da ambientação tecnológica.
A protagonista do jogo é April, que é contra a empresa robótica. Ao longo do jogo, April é traída pelo seu parceiro de anos de trabalho, e, em um certo momento do jogo, ela terá de enfrentar os seus sentimentos de amizade e lutar contra o seu ex-amigo.
Análise: A fase que joguei tinha gráficos bonitos e estilizados. Era um ambiente urbano e noturno, com a vista do topo de vários arranha-céus e várias luzes neon bem chamativas.
As cores dos objetos do cenário indicam qual ação deve ser feita, quais são interativos, quais o jogador deve atirar ou usar como plataforma. Essa mecânica é uma das principais e se estende por todo o jogo.
O esquema de corrida seguido de pulo me lembrou bastante os jogos da série Mega Man X. Conversei com o desenvolvedor do jogo, Ricardo Sobrinho, e ele revelou que em breve será implementado o sistema de evolução dos equipamentos do personagem. Ainda assim, o foco será manter o jogo desafiador.
Remote Race
É um jogo de corrida de carrinhos de controle remoto com modo multiplayer de até quatro jogadores. O jogo conta com power-ups espalhados pela pista.
O cenário do game é um quintal de uma casa e o trajeto da pista é como se tivesse sido montado por uma criança que está brincando com o seu carrinho de controle remoto. O jogo foi inspirado em Mario Kart.
Análise: Remote Race é muito bonito, totalmente poligonal e com ótimos efeitos de luz e sombra. A jogabilidade, que é um dos fatores mais importantes nos jogos de corrida, é um dos pontos fortes. Os carrinhos são fáceis de controlar e de se executar drifts nas curvas.
As caixas de item possuíam apenas 2: o tiro comum que sai em linha reta e o teleguiado que persegue o oponente. Outros serão implementados em breve.
Talvez, o único ponto fraco que posso citar é que a penalidade por bater o carro nas laterais é muito é muito grande, fazendo o carrinho quase parar, e se você estiver no início de uma subida, irá penar para conseguir velocidade novamente. Em jogos do tipo isso é bem mais suave.
O jogo completo terá várias outras pistas, embora ainda não exista um número definido.
The Myth of R’lyeh
A maior influência do jogo é A Liga Extraordinária, de Alan Moore, que reuniu em um mesmo universo vários personagens clássicos da literatura.
O jogo também foi inspirado na mitologia Lovercraftiana; no conto The Call of Ctchulhu; em livros clássicos como Drácula, de Bram Stoker, o retrato de Dorian Grey, de Oscar Wilde, O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde (O Médico e o Monstro), de Robert Louis Stevenson.
O personagem principal do jogo é Dr. Jan Van Helsing, pai do Abraham Van Helsing, que destrói o Drácula no romance de Bram Stoker.
Na história do jogo, o Dr. Jan Van Helsing começa a investigar eventos sobrenaturais que estão acontecendo na cidade de Londres. O game mescla mecânicas de combate, puzzle e stealth.
Análise: O jogo mais bonito apresentado no estande da Saga. É com certeza um projeto bem ambicioso, com gráficos dignos de jogos Triple A.
Por ser um jogo de aventura em terceira pessoa, ele tem uma física bem complexa. A movimentação do personagem é boa (testei num controle de Xbox 360). O analógico esquerdo é para andar e o direito move a câmera.
O jogo foca em exploração do cenário. Por conta disso, em alguns trechos a seta que indica o caminho demora alguns segundos para aparecer. Às vezes, o indicador não é tão claro, mas, espera-se que ele melhore nas próximas atualizações.
As cutscenes contém diálogos. As vozes tem boa qualidade de captação, porém, parecem ter sido feitas pelos próprios programadores. Então algumas ficaram boas, e outras nem tanto.
Combate em jogo de ação em terceira pessoa é uma das coisas mais complexas de se programar. Em “The Myth of R’lyeh” o sistema ainda está num estágio inicial. Os golpes do personagem principal são simples e o oponente parece não sentir quando toma um dano e nunca recua ou executa uma animação dano. No entanto, o desenvolvedor disse que continuarão trabalhando no combate para torná-lo mais suave.
A demo mostra 2 fases e um chefe. A batalha com o chefe é um pouco mais complexa que as anteriores. E ao vencê-lo, vemos uma animação em CG pré-renderizada que monstra um navio no oceano de frente para o grande vilão do jogo.
30 Days of War – The Ancient Battle
É um jogo feito em top view, com cenário inspirado na cultura japonesa.
A história central do jogo é em torno de duas irmãs. A personagem principal entra em uma jornada para salvar a alma de sua irmã que foi aprisionada após a sua morte.
Infelizmente, este foi o único que não pude testar.
Teste os jogos!
Você pode solicitar as versões para testes desses jogos no site da SAGA. Clique aqui para acessar. E não esqueça de mandar para os criadores dos jogos seu feedback!